A demolição do Edifício Jardim (prédio Coutinho) de Viana do Castelo, está parada há cerca de um mês. Com prazo de conclusão apontado para março, a operação deverá “ser retomada na próxima semana”, avançando para a parte mais alta do imóvel.
Segundo o administrador da sociedade Viana Polis, Tiago Delgado, a interrupção, após em dezembro ter sido concluída a demolição do edifício mais baixo, deve-se “essencialmente a três fatores”: casos de covid-19 entre os trabalhadores da obra, a necessidade de reforço do aterro que servirá de plataforma elevatória para permitir ao braço demolidor alcançar o topo do prédio de 13 andares e, ainda, a aprovação de um andaime de proteção lateral.
“Esperamos que na próxima semana se reiniciem os trabalhos”, declarou, esta quarta-feira, Tiago Delgado, referindo também que “houve um problema de covid-19, fundamentalmente com o operador da grande máquina, mas não é a principal razão. A principal é que o aterro onde a máquina está instalada ainda tem que subir mais porque a lança não consegue chegar à parte frontal do edifício”. Adiantou ainda que “está a ser construído um andaime na parte nascente da vedação, por onde vai (re)começar a demolição, que vai proteger as construções adjacentes” ao prédio Coutinho.
“Nesta parte mais alta temos de ter mais alguns cuidados e isso requer alguma ponderação e soluções técnicas que garantam que a coisa vai correr bem. Para a conclusão mantemos para já a data de março, mas admito que possa haver uma derrapagem de 15 dias”, concluiu.
O bloco traseiro e o mais pequeno dos três do Edifício Jardim acabou de ser demolido em meados de dezembro.
A obra, a cargo da empresa Baltor, começou no dia 6 de dezembro, com recurso a uma máquina giratória de longo alcance (cerca de 40 metros).
A demolição do prédio Coutinho, está prevista desde junho do ano 2000, no âmbito do programa Polis. O imóvel foi construído no centro histórico da cidade de Viana, na década de 70 por Fernando Coutinho, antigo emigrante no Congo belga, que faleceu em 2010, em plena luta dos moradores contra a demolição. Há 21 anos, quando foi anunciado este destino para o prédio, viviam nas suas 105 frações cerca de 300 pessoas.