Automobilistas Bracarenses passaram 34 horas anuais em engarrafamentos.

A cidade de Braga é a terceira do país mais afetada pelo trânsito, depois de Porto e Lisboa, respetivamente.

Enquanto em 2020 houve uma forte redução da mobilidade, devido à pandemia da Covid-19, em 2021 assistiu-se à recuperação das viagens rodoviárias a nível mundial, embora ainda sem atingir os níveis pré-pandémicos – o nível de congestionamento situou-se em 28%, ou seja, três pontos percentuais acima dos registados no ano anterior.

Noutras palavras: voltámos a sentir a sensação desagradável de estarmos presos no trânsito. Esta é a principal conclusão do último relatório sobre os congestionamentos nas grandes cidades, publicado pela empresa de sistemas de navegação Tom Tom.

Através de informações de mais de 600 milhões de utilizadores, recolhidos através dos seus dispositivos GPS ou aplicações móveis, a Tom Tom analisou dados de tráfego num total de 404 cidades, de 58 países diferentes, um pouco por todo o mundo. Assim, puderam determinar o número médio de horas que os utilizadores perderam no trânsito e o nível de congestionamento nas cidades.

Portugal está representado no estudo, com o Porto a ‘destacar-se’ na 158.ª posição do ranking. Na Invicta, os automobilistas passaram 52 horas anuais em engarrafamentos em 2021, ou seja, mais de dois dias à espera que o trânsito fluísse. O nível de congestionamento foi de 23% (ou seja, em média, o tempo de viagem no Porto será 23% superior ao previsto em condições sem tráfego).

Já em Lisboa, que ocupa o 194.º lugar a nível mundial, os condutores passam, em média, 50 horas em filas de trânsito (com um nível de congestionamento de 22%). Seguem-se Braga (331º, 34 horas), Funchal (342º, 34 horas) e Coimbra (380º, 29 horas).

De acordo com os mesmos dados, Istambul, na Turquia, foi a cidade mundial que mais sofreu com o trânsito em 2021, com 142 horas anuais de engarrafamentos, e o nível de congestionamento aumentou para 62%. Moscovo, na Rússia, ocupa o 2º posto, com os motoristas a passarem 140 horas presos nos carros – um pouco mais de Kiev, na Ucrânia, que registou 128 horas de trânsito.

Bogotá (Colômbia), Bombaim (Índia), Odessa (Ucrânia), São Petersburgo (Rússia), Bucareste (Roménia), Novosibirsk (Rússia), Bangalore e Nova Delhi (Índia), Kharkov (Ucrânia), Lodz (Polônia e Samara (Rússia) compõe o ranking das cidades mundiais cujo tempo de trânsito excede as 100 horas.