Trata-se do valor mais elevado desde junho de 1994, de acordo com o INE.
A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 5,3% em março de 2022, taxa superior em 1,1 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta terça-feira, confirmando as estimativas divulgadas no final de março.
“Trata-se do valor mais elevado desde junho de 1994”, sublinha a agência de estatísticas portuguesa.
O indicador de inflação subjacente – índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos – também acelerou, registando uma variação de 3,8% (3,2% em fevereiro).
“A variação do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 19,8% (15,0% no mês precedente), valor mais elevado desde fevereiro de 1991, enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados apresentou uma variação de 5,8% (3,7% em fevereiro)”, pode ainda ler-se no relatório do INE.
Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português – que serve para comparar as taxas de inflação entre os vários Estados-membros – apresentou uma variação homóloga de 5,5%, valor mais elevado registado desde o início do IHPC, em 1996.
“Esta taxa é superior em 1,1 p.p. à do mês anterior e inferior em 2,0 pontos percentuais (p.p.) ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em fevereiro, esta diferença foi de 1,5 p.p.), refletindo sobretudo diferenças apreciáveis no comportamento dos preços dos bens energéticos, em particular da eletricidade”, nota ainda o INE.