Jogo ficou marcado por três grandes penalidades e os vimaranenses ficam agora a cinco pontos do Gil Vicente. Tiago Silva, Bruno Duarte (2) e Rúben Lameiras fizeram os golos (4-0).
O Vitória SC regressou aos triunfos, esta sexta-feira, ao golear o Paços de Ferreira (4-0) e consolidou a sexta posição do campeonato, tendo beneficiado de três grandes penalidades.
Num duelo que começou de feição aos vimaranenses, o primeiro golo do encontro surgiu dos pés de Tiago Silva aos 5 minutos, na conversão de um penálti conquistado por Bruno Duarte.
O conjunto de César Peixoto chegou a assustar e a ameaçar o empate, mas acabou por conceder o segundo golo no fecho do primeiro tempo. Aos 45 minutos, Bruno Duarte saltou mais alto no interior da área e cabeceou para o fundo das redes, ampliando a vantagem.
Na segunda parte, a formação de Pepa (que reencontrou a ex-equipa) superiorizou-se e não tardou em chegar ao terceiro golo, novamente através de uma grande penalidade.
Aos 64 minutos, Luiz Carlos tocou a bola com a mão num desarme a Maga e não só viu Hélder Malheiro assinalar penálti, como ainda foi admoestado com o segundo amarelo (e consequente expulsão). André Almeida falhou no frente a frente com André Ferreira, mas na recarga Bruno Duarte atirou para o terceiro.
A jogar com mais uma unidade em campo, a equipa de Guimarães avolumou o número de oportunidades, mas só conseguiu chegar ao 4-0 final… com outro penálti.
Uílton tocou com o braço na bola num duelo com Herculano e o VAR alertou para nova infração. Rúben Lameiras assumiu o castigo máximo e apontou o último golo do encontro aos 85 minutos.
Com este resultado, o Vitória soma agora 42 pontos na sexta posição e distancia-se do Paços de Ferreira, que surge logo atrás com 36. A equipa de Pepa fica agora a cinco pontos do Gil Vicente, que empatou esta sexta-feira em Famalicão.
Declarações de Pepa, treinador do Paços de Ferreira, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após a vitória (4-0) frente ao Paços de Ferreira:
«Foi um jogo muito difícil, principalmente até nos nos organizarmos em termos táticos. O Paços entrou melhor, a chegar ao nosso corredor esquerdo com facilidade. Com o encaixe do Alfa ficámos mais confortáveis, a equipa ficou mais pressionante e esse conforto permitiu ter mais controlo do jogo, mais oportunidades; o Varela não fez uma única defesa. Ter a baliza a zeros, sem remates é de valorizar».
«O jogo foi intenso, entre duas boas equipas. Não posso deixar de valorizar o grande jogo que fizemos, o André fez grandes defesas. Tínhamos cinco finais pela frente, agora temos quatro. Daquilo que podemos fazer é acreditar até ao fim com o apoio dos nossos adeptos. O nosso foco agora é o Tondela, para dar seguimento ao objetivo que temos de nos aproximar do quinto lugar».
[Quaresma fora das opções] «É isso mesmo, opção».
Declarações de César Peixoto, treinador do Paços de Ferreira, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após a derrota (4-0) frente ao Vitória:
«O resultado é injusto. Na primeira parte chegámos a ter 70 por cento de posse de bola, tivemos oportunidades para fazer golo, mas não fizemos. O Vitória com linhas baixas conseguiu sair e fazer dois golos. A minha equipa saiu a jogar de trás sem medo nenhum, mostrando uma personalidade fantástica. Na segunda parte entrámos bem outra vez, enquanto houve jogo; depois ficámos condicionados. O Vitória aproveitou, ficámos a menos, e construiu um resultado que acho injusto. Muito orgulho nos meus jogadores, pela postura que tivemos num ambiente complicado. Enquanto foi possível, onze contra onze, o Paços valorizou o jogo».
[Arbitragem] «Temos de valorizar o futebol, e o que se passou aqui hoje não dignifica o futebol».
[Antunes em dificuldades acaba por não saltar no lance do segundo golo] «Faltava um minuto para a fim da primeira parte, se fizéssemos a substituição perdíamos um momento para substituir. O Antunes tentou aguentar, não consegui. O lance acabou por aparecer ali, não é culpa do Antunes, em última instância a culpa é minha».
O Vitória de Guimarães consolidou hoje a sexta posição na I Liga de futebol, ao derrotar o Paços de Ferreira por 4-0, num jogo da 30.ª jornada com três penáltis r mais equilibrado do que o resultado aparenta.
Substituto do habitual titular Oscar Estupiñán, o avançado Bruno Duarte sofreu o penálti na origem do primeiro golo, marcado por Tiago Silva, aos seis minutos, e apontou os dois seguintes (45 e 67), num duelo ‘vivo’ até ao minuto 64, quando Luiz Carlos viu o segundo cartão amarelo, ao cometer o segundo penálti. Aos 86, após mão de Uilton, Rúben Lameiras marcou novo castigo máximo.
Com o quarto triunfo nas últimas seis jornadas, a equipa de Guimarães passou a somar 42 pontos, fixando uma vantagem de seis para o sétimo, precisamente os ‘castores’, que alternaram o domínio com os vitorianos em dois terços do jogo, e ‘encurtando’ a distância para o quinto, o Gil Vicente, que tem 47.
A equipa da ‘capital do móvel’, em Guimarães com hipótese de alcançar o opositor na tabela classificativa, foi superior nos primeiros 20 minutos, aparecendo várias vezes de frente para o quarteto defensivo vitoriano, principalmente pela ala direita, onde sobressaía a velocidade do lateral Juan Delgado.
Um desentendimento entre Nuno Lima e Maracás no eixo defensivo permitiu aos anfitriões recuperarem a bola e a Bruno Duarte entrar na área, antes de ser ‘varrido’ por Maracás, ao minuto cinco, para uma grande penalidade convertida por Tiago Silva, os seis.
A equipa pacense reagiu de imediato, com a sua melhor oportunidade na primeira parte, ao minuto nove, com Uilton, ao segundo poste, a atirar por cima diante da ‘mancha’ de Bruno Varela, e só viu o seu domínio interrompido aos 19, numa ocasião de Bruno Duarte, em que a bola também passou por cima.
Com o recuo do médio Alfa Semedo para a linha dos centrais Borevkovic e Abdul Mumin, a equipa treinada por Pepa estabilizou o seu posicionamento e roubou o controlo da bola ao adversário, ganhando fôlego para subir à área contrária.
Apesar da interrupção de dois minutos por lançamento de tochas para o relvado, os vimaranenses ameaçaram a baliza por André Almeida, aos 22 minutos, e Miguel Maga, aos 28, antes de dilatarem a vantagem perto do intervalo, num cabeceamento ao ângulo superior direito de Bruno Duarte, que saltou mais alto do que Antunes, jogador com queixas físicas, substituído após o intervalo, por Lucas Silva.
Adrián Butzke, num trabalho individual, e Maracás, num cabeceamento por cima, tentaram reduzir nos descontos da primeira parte, antes do Vitória desperdiçar uma dupla oportunidade a abrir a etapa complementar: Bruno Duarte atirou ao poste de fora da área e Rúben Lameiras atirou por cima na recarga, perante a baliza deserta.
O embate continuou dividido, até que, ao minuto 64, o árbitro Hélder Malheiro vislumbrou uma mão de Luiz Carlos num carrinho e assinalou o castigo máximo a favor dos vimaranenses, que André Almeida falhou (defesa de André Ferreira), antes da recarga certeira de Bruno Duarte, mesmo com as queixas pacenses de que o avançado já se encontrava na área na conversão.
Com o jogo praticamente sentenciado, o Vitória reteve a bola e atacou até ao fim, tendo, pelo meio, beneficiado de uma terceira grande penalidade, a sancionar mão de Uilton, quando o atleta do Paços se encontrava de costas para a bola. Rúben Lameiras converteu e selou o 4-0 final.
Ficha de Jogo
Jogo no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães.
Vitória SC– Paços de Ferreira, 4-0.
Ao intervalo: 2-0.
Marcadores:
1-0, Tiago Silva, 06 minutos (grande penalidade).
2-0, Bruno Duarte, 45.
3-0, Bruno Duarte, 67.
4-0, Rúben Lameiras, 86 (grande penalidade).
Equipas:
– Vitória SC: Bruno Varela, Miguel Maga, Borevkovic, Abdul Mumin, Rafa Soares (Sílvio, 78), Alfa Semedo, Tiago Silva, André Almeida (Janvier, 78), Rúben Lameiras (Geny Catamo, 86), Rochinha (Nélson da Luz, 72) e Bruno Duarte (Herculano, 72).
(Suplentes: Matous Trmal, João Ferreira, Sílvio, André Amaro, Ibrahima Bamba, Janvier, Geny Catamo, Nélson da Luz e Herculano).
Treinador: Pepa.
– Paços de Ferreira: André Ferreira, Juan Delgado, Nuno Lima, Maracás, Antunes (Lucas Silva, 46), Rui Pires (Matchoi, 63), Luiz Carlos, Nuno Santos, Hélder Ferreira (Diaby, 74), Uilton e Adrián Butzke (Denilson Júnior, 63).
(Suplentes: Igor Vekic, Fernando Fonseca, Marco Baixinho, Pedro Ganchas, Luís Bastos, Diaby, Matchoi, Lucas Silva e Denilson Júnior).
Treinador: César Peixoto.
Árbitro: Hélder Malheiro (AF Lisboa).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Antunes (33), Luiz Carlos (38 e 64), Adrián Butzke (47) e Hélder Ferreira (69). Cartão vermelho por acumulação de amarelos para Luiz Carlos (64).
Assistência: 14.258 espetadores.
