Guarda-costas com pastas à prova de bala e pistolas de alta potência e provadores de comida são apenas algumas das formas como o Presidente russo Vladimir se protege de assassinos e golpistas.
Vladimir Putin, de 69 anos, está em destaque no panorama mundial. Como mandatário da invasão na Ucrânia e perpetrador de crimes de guerra – como o Ocidente tenta agora provar – os níveis de ameaça contra Putin nunca estiveram tão alto.
Mas Putin, antigo agente do KGB no poder desde que foi eleito, em 2000, é conhecido por ser obcecado com duas coisas: a sua saúde e a sua segurança.
Como qualquer alta figura do Estado, Putin já estaria protegido por seguranças e procedimentos, mas segundo o New York Times, o presidente da Rússia leva o zelo com a segurança ao extremo.
Evitou a todo o custo a Covid-19 e agora evita a todo o custo ser morto.
Os encontros que pudemos testemunhar deste a encontrar-se com líderes mundiais – e mesmo com os seus próprios conselheiros- mostram-no em extremos opostos de mesas extremamente longas para manter pelo menos 6 metros de distância entre eles.
Putin também vestiu um fato de proteção química completo – com um respirador facial – antes de visitar um hospital de Moscovo que tratava doentes com Covid em abril de 2020.
Os guarda-costas de Putin – que se intitulam de os seus ‘Mosqueteiros’ – compreendem uma unidade especial dentro do Serviço de Proteção Federal da Rússia, ou FSO. Esta unidade remonta a 1881, quando o Czar Alexandre III se cercou de guardas após o assassinato do seu pai por um revolucionário atirador de bombas, segundo o The Economist.
Os guarda-costas de Putin terão de ser substituídos aos 35 anos, mas podem ser recompensados com novos cargos poderosos como governadores regionais, ministros federais, comandantes de serviços especiais ou administradores presidenciais.
Muito do que se sabe sobre o Serviço de Segurança Presidencial de elite vem do site Beyond Russia, que em 2021 revelou alguns dos segredos de Putin.
Os guarda-costas de Putin são escolhidos a dedo por qualidades que incluem “psicologia operacional”, resistência física, capacidade de resistir ao frio e não suar ao calor calor.
São alegadamente equipados com pastas e chapéus de chuva especiais que servem de escudos para proteger Putin e transportar pistolas Vektor SR-1 de 9 mm de fabrico russo carregadas. O FSO tem também, alegadamente, uma ampla autoridade para levar a cabo as suas operações e investigações, inclusive através da realização de escutas eletrónicas, abertura de correio, busca domiciliária, apreensão de veículos e detenção e interrogatório de suspeitos.
Antes das viagens de Putin, as equipas de antecipação estudam o seu destino meses antes do tempo, percebendo como o público irá provavelmente reagir, estudando até a meteorologia para antever possível mau tempo ou desastres naturais.
Onde quer que fique alojado, tudo é inspecionado, são instalados dispositivos de interferência para evitar a detonação remota de bombas e os técnicos conduzem a vigilância eletrónica dos telemóveis e outros dispositivos na área.
Na estrada, Putin anda num ‘comboio’ de carrinhas fortemente blindadas que transportam operadores especiais militares armados com AK-47s, lança-granadas antitanque e mísseis antiaéreos portáteis.
Quando sai em público, quatro anéis de segurança rodeiam-no, começando pelos seus guarda-costas pessoais, outros escondidos no meio da multidão, e franco-atiradores empoleirados nos telhados circundantes.
Em 2018, um guarda-costas foi gravado a intervir quando Conor McGregor colocou o braço nos ombros de Putin enquanto posavam para as câmaras no campeonato do mundo de futebol em Moscovo.
Putin também tem alguém a provar cada refeição para garantir que não está a ser envenenado, segundo o fundador do ‘Club des Chefs des Chefs’, uma organização culinária cujos membros cozinham para chefes de estado e monarcas de todo o mundo.
“Os provadores ainda existem, mas apenas no Kremlin, onde um médico verifica cada prato com o chefe”, disse Gilles Bragard ao The Telegraph em 2012.