CP alerta que entre 3 e 30 de junho estão previstas perturbações em todos os serviços

Se tem viagens de comboio programadas para o próximo mês, esta notícia é para si. Em comunicado, divulgado no site, a CP alerta os passageiros que tencionam viajar entre os dias 3 e 30 de junho que, “por motivo de greve”, estão previstas “perturbações em todos os serviços”, ou seja, “atrasos e supressões de comboios”.

“Informamos que, por motivo de greve, preveem-se possíveis perturbações em todos os serviços, entre os dias 3 e 30 de junho de 2022, nomeadamente atrasos e supressões de comboios”, lê-se na nota da CP.

A empresa informa ainda que aos clientes que já tenham bilhete para os comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional “será permitido o reembolso no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação, sem custos”.

Os pedidos de reembolso devem ser apresentados no site da empresa ou nas bilheteiras até dia 10 de julho, acrescenta o comunicado. Os clientes podem obter mais  informações sobre os serviços mínimos e os comboios que estão a ser realizados no site da empresa ou linha de atendimento (808 109 110).

Greve ao trabalho extraordinário

A greve que vai afetar todos os serviços da CP – Comboios de Portugal surge na sequência da paralisação do passado dia 16, em que os trabalhadores reivindicavam um aumento mínimo de 90 euros para todos os trabalhadores. Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário afirma que “continuam a existir todas as razões para se continuar a luta” e, por isso, foi entregue um pré-aviso de greve, com início a 3 de junho.

Assim sendo, a partir de dia 3, os trabalhadores da CP farão greve “a todo o trabalho extraordinário, ao trabalho em dia feriado, ao trabalho em dia de descanso semanas, ao trabalho com falta de repouso”, e ainda “ao trabalho a partir da oitava hora de serviço”.

O sindicato avança ainda que no dia 7 de junho terá lugar uma ação de rua com “a entrega de um documento na residência do primeiro-ministro, a lembrar o governo das declarações do Ministro da tutela em 21 de setembro do ano passado, que “os ferroviários têm razão”, mas depois disto o que todos os trabalhadores viram foi uma proposta de 0,9%, quando estamos confrontados com uma inflação de 7,2%”.