Cidade Berço quer ser a segunda em Portugal com o galardão, depois de Lisboa 2020.
O presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, anunciou, na reunião do executivo, desta segunda-feira, que o Município apresentará a candidatura a Capital Verde Europeia, em abril do próximo ano, com vista a alcançar o reconhecimento em 2025.
Esta será a segunda candidatura de Guimarães, depois de tentar o reconhecimento, em 2020, que acabou por ir para Lisboa. Para Domingos Bragança, este é o momento certo, “numa altura em que Guimarães foi escolhida pela União Europeia para ser uma das cidades piloto na neutralidade climática”. Segundo o autarca, “isto dá-nos prioridade nas candidaturas do Quadro Comunitário 2030 e do Plano de Resolução e Resiliência e permite-nos concorrer a fundos da sustentabilidade ambiental vindos diretamente de Bruxelas”.
Segunda tentativa
Em 2017, o relatório da Comissão Europeia sobre a candidatura de Guimarães para 2020 revelava que a cidade tinha feito uma boa adaptação às alterações climáticas, valorizava a natureza e biodiversidade e apontava o bom desempenho energético. Nestes pontos, Guimarães conseguiu um segundo lugar. Porém, no que toca ao uso sustentado dos solos e à gestão da água, o documento remeteu a cidade para o 11º lugar. Guimarães terá agora que se apresentar mais forte nestes indicadores.
A Capital Verde Europeia (CVE) foi criada, em 2008, pela Comissão Europeia para “promover as melhores soluções e a demonstrar que existem cidades ecológicas e sustentáveis que podem servir de modelo para outras”. A primeira CVE foi Nantes, em França, em 2013, a única cidade portuguesa que já foi distinguida foi Lisboa, em 2020. A atual CVE é Grenoble, fazendo de França o único país com duas cidades com o título. A CVE 2025 deverá ser anunciada em outubro de 2023.