A proposta dita que, a partir de 2035, deixe de ser possível colocar no mercado na União Europeia veículos com motor de combustão interna.
Parlamento Europeu aprovou esta quarta-feira a controversa medida que propõe o fim das vendas de veículos com emissões poluentes até 2035, no âmbito do pacote climático ‘Fit for 55′.
Depois de votadas alterações específicas dentro da proposta para o setor automóvel, esta avançou. O relator da proposta declarou que se havia chegado a um “bom compromisso”.
A proposta da Comissão Europeia para o setor automóvel fixa o objetivo de eliminar a 100% as emissões de automóveis de passageiros ou veículos comerciais ligeiros com motor de combustão interna, ou seja, movidos a combustíveis fósseis. Na prática, tal implica que, a partir de 2035, deixe de ser possível colocar no mercado na União Europeia (UE) este tipo de carros.
Apesar da aprovação, a lei ainda não é definitiva. A votação de quarta-feira confirma a posição do Parlamento para as próximas etapas nas negociações que decorrem entre o Conselho da União Europeia, o Parlamento Europeu e a Comissão Europeia. A aprovação final é sempre do Conselho, ou seja, dos 27 Estados-membros.
O secretário-geral da Associação Automóvel Portugal (ACAP), Helder Pedro, considerou, em declarações ao ECO/Capital Verde esta quarta-feira, à margem da Electric Summit, que as metas que foram a discussão são “muito estritas”, defendendo que os objetivos definidos para 2035 são “prematuros”. No seu entender, estes deviam ser discutidos não já, a treze anos, mas por volta de 2028, quando faltassem apenas 7 anos para o prazo final, tendo em conta a evolução tecnológica que se verificasse na altura.
Para já, Helder Pedro vê como “essencial” o reforço dos incentivos à mobilidade mais limpa – diz que por exemplo o apoio à compra de automóveis elétricos em Portugal está aquém do de outros países, que chegam a apresentar o dobro. Além disso, vê como importante um plano a 10 anos para a rede de carregamentos elétricos.