Treinador dos minhotos elogia Puskás Akadémia, fala da integração dos reforços e quer um Vitória mais consistente em 2022/23
Sem querer deixar qualquer tipo de «alerta», o treinador do Vitória de Guimarães, Pepa, elogiou este sábado o adversário europeu dos minhotos na segunda pré-eliminatória da Liga Conferência, a Puskás Akadémia da Hungria, pedindo já o melhor Vitória para o duelo que tem a primeira mão agendada para 21 de julho.
«O nome toda a gente conhece, foi um grande jogador a nível mundial. O clube se calhar muitas pessoas não conhecem, mas nós conhecemos bem. Não preciso de estar a dar alerta. Interessa é estarmos identificados e perceber o que vamos ter pela frente. É uma equipa com qualidade, o clube em si é novo, recente, não é muito conhecido em termos internacionais, mas na Hungria está a crescer há muito tempo e quem pensa que vai ser um nome desconhecido, um clube desconhecido ou de uma liga muito inferior, é mentira. Por pouco não foi campeão da Hungria, tem internacionais húngaros e tem de ser o melhor Vitória já nesse dia», perspetivou Pepa, esta manhã, após o treino aberto da equipa, na Academia, que contou com um mar de adeptos e uma receção eufórica ao plantel.
O técnico dos minhotos admite, em relação a possível lacunas no plantel, que há situações identificadas e que o grupo, que atualmente conta com 33 jogadores – este sábado houve 28 no treino e cinco ausências – vai ser reduzido já para o estágio em Melgaço, o que não significa que quem fique de fora não possa, no futuro breve, ser opção regular ou titular na equipa.
«Temos situações que internamente estão identificadas, estamos a trabalhar. É dia 2, temos praticamente dois meses pela frente. Quem é que não gostava de ter já o plantel fechado? Mas é impossível. Além de saídas que ainda poderão acontecer, há entradas que, independentemente das saídas, vamos ter que ter. Acima de tudo, acrescentar alguma qualidade e experiência ao grupo, que é muito jovem, trabalhar no que depende de nós, ajudar a crescer e, quem já estava com alguma maturidade, ajudar nesse processo de integração. Temos muitos jogadores de ligas secundárias, jovens e temos de integrá-los o mais rápido possível. Posso adiantar que o número vai ser reduzido, não por falta de qualidade, mas mesmo por essa quantidade para estágio. Isso não é sinónimo que esses jogadores não continuem a ser acompanhados. Portanto, alguns jogadores que possam não ir para estágio agora e que começam agora com a equipa B, não me admira que, daqui a dois ou três meses, possam estar a titulares na equipa principal. Faz parte do processo e temos de ter paciência, explicar aos jogadores o porquê das situações, ser bem claros e eles perceberem, porque depois as coisas acontecem. Com trabalho, tudo é possível», projetou o técnico.
A propósito do plantel, Pepa falou ainda dos reforços que chegam de escalões inferiores e de outros campeonatos e da respetiva adaptação.
«Estamos a falar de ligas diferentes, algumas até inferiores como o Matheus e o Jota [ndr: estavam na II Liga]. O salto em termos qualitativos é muito diferente e isso requer uma certa adaptação. O futebol é mais rápido, mais intenso, há menos tempo para pensar, temos de executar mais rápido e isso não é de um dia para o outro. Em relação ao Ogawa, os jogadores japoneses por norma são muito disciplinados, trabalhadores. Ainda está com jet lag, também é um trabalho de paciência e o esforço do clube em ter um tradutor para ajudar nas ideias. O Anderson esteve parado mais de seis meses, também vai demorar um bocado, mas temos de andar. Mais do que depressa, andar bem, mas sempre a perceber que dia 21 temos de estar na máxima força», respondeu, pedindo um Vitória mais consistente face a 2021/22.
«Esse é o grande desafio, no ano passado andámos um bocado num sobe-desce, mesmo assim conseguimos os objetivos, as competições europeias. E agora pergunto: imagine-se se conseguíssemos ser mais consistentes», atirou.