A Urbac-19, União de Restaurantes de Braga de Apoio ao Covid-19, que agrega 140 restaurantes, esteve reunida com o vereador da Câmara local, João Rodrigues, que tutela o espaço público, a quem apresentou vários pedidos: o da permissão de montagem de estrados nas esplanadas, o da fixação dos horários de fecho e o da fiscalização dos que, em concorrência desleal, ficam abertos fora de horas.

Sobre os estrados, o porta-voz do grupo, Tiago Silva, explica que a pretensão se prende com o facto de a autarquia ter permitido o alargamento da área das esplanadas, mas não autorizar novos estrados. “Em muitos casos, as ruas são a descer e o piso irregular. O estrado é preciso, senão os clientes até podem tropeçar. Mas, incompreensivelmente, a Câmara não autoriza!”, lamenta, frisando que, por outro lado, há pedidos que estão há dois meses sem resposta.

No que toca à fixação dos horários de fecho, a Urbac diz que “a PSP anda a mandar fechar as portas a partir das 23:00”, quando a lei diz que essa é a hora em que os restaurantes podem admitir o último cliente, funcionando, depois, com o horário fixado pela Câmara, ou seja, fechando à meia-noite”. Por isso, pediu ao Município que esclareça as forças de segurança sobre o assunto.

Tiago Silva falou, ainda, ao vereador sobre o que diz ser “uma injustiça”, a de que os restaurantes fechem a porta às 23:00 e haja bares e cafés com esplanadas a funcionar à uma hora da madrugada.

Na reunião – acrescentou – foi, ainda, tratado o problema de um alegado “excesso de zelo” das polícias, PSP e Municipal, que multam os automobilistas que demandam ao centro histórico, à noite, para jantar ou um beber um copo. “É certo que se cometem infrações ao estacionamento, mas a verdade é que a oferta de lugares na zona é diminuta, a não ser em parques privados que são muito caros”, defende.

“Reconhecemos que o Município se esforçou por ajudar a restauração e o comércio, mas a situação é caótica, pelo que é preciso fazer mais”, acentua.

A Urbac diz, ainda, que a situação dos restaurantes de Braga e do país continua muito difícil e os governantes e autarcas não querem saber disso, apesar de esta atividade ser como que o motor de arranque da economia. Quem o diz é Tiago Silva porta-voz de um grupo de 140 restaurantes agregados na Urbac-19, União de Restaurantes de Braga de Apoio ao covid-19. “Os que trabalham melhor estão a 40 por cento, os outros pouco fazem. Quando chegar o outono vai haver falências e despedimentos”, avisa.