Para as famílias, o aumento pode variar, em média, entre 1 e 3 euros, no final do mês. Os preços vão subir cerca de 3,3% depois de terem baixado 2,6% em julho. A subida vai afetar cerca de 60 mil consumidores domésticos.

A partir de 1 de outubro as famílias que estejam no mercado regulado da eletricidade vão pagar mais 3,3% na fatura. Segundo o comunicado da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) desta quinta-feira, um casal sem filhos, com uma potência contratada de 3,45 kVA e um consumo anual de 1900 kWh, vai pagar, no próximo mês, 38,22 euros, isto é, mais 1,05 euros face a setembro. Um casal com dois filhos, com uma potência de 6,9 kVA e um consumo de 5000 kWh por ano, terá de desembolsar 94,97 euros, mais 2,86 euros.

O agravamento dos preços da luz no mercado regulado vai impactar negativamente cerca de 60 mil clientes domésticos, em baixa tensão, do mercado regulado, ou seja, cerca de 6,5% do total de 927 mil clientes registados em julho de 2022, de acordo com a nota da ERSE.

Este ligeiro aumento dos preços, de 3,3%, surge depois de as tarifas do mercado regulado terem registado uma descida de 2,6%, em julho.

O aumento que se vai sentir a partir de 1 de outubro resulta do agravamento “do preço da tarifa de energia do mercado regulado de eletricidade em mais 5 euros por MWh”. “Esta atualização ocorre num momento em que os mercados de energia são particularmente afetados pelo conflito que decorre entre a Ucrânia e a Rússia”, sublinha o regulador.

Quanto à variação anual da fatura da luz, no mercado regulado e em baixa tensão, a tarifa já subiu 1,8%, entre 2021 e 2022.

A 15 de outubro, a ERSE vai apresentar a sua proposta de atualização dos preços de eletricidade para vigorarem a partir de 1 de janeiro do próximo ano, e que terá de ser aprovada pelo Conselho Tarifário, em dezembro. O valor a determinar servirá de referencial para a subida dos preços dos operadores no mercado livre de eletricidade.