Rendimentos do selecionador nacional e equipa técnica continuam sob investigação.

Depois de esta semana Fernando Santos ter perdido o processo contra o Fisco que o obriga a pagar 4,5 milhões de euros em IRS, o selecionador nacional e a sua equipa técnica poderão ter novamente as Finanças a bater à porta.

O processo que Fernando Santos perdeu esta semana dizia respeito aos rendimentos auferidos entre 2016 e 2017 e, devido ao resultado desse mesmo caso, o Fisco poderá agora avançar para a investigação dos rendimentos dos anos seguintes.

O contrato entre Fernando Santos e a FPF data de 2014, desde então o selecionador nacional tem recebido o seu vencimento sempre através da sua empresa, a Femacosa, para poder pagar menos impostos. A empresa é vista, segundo o acórdão do Centro de Arbitragem Administrativa, como “supérflua e artificial” e “meramente formal e desprovida de substância económica”, pode ler-se.

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, que até aqui tinha assumido as despesas com a defesa do selecionador nacional e coberto os diferenciais de imposto dos rendimentos do selecionador nacional, não revela se vai continuar com esta política, nem se vai fazer alterações ao contrato de Fernando Santos.