Em causa está a diferença entre os valores acordados e cobrados.
Vários hospitais privados estão a ser obrigados, pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), a anularem faturas ou a devolver parte dos valores cobrados a utentes, por estes não terem sido devidamente informados dos custos adicionais imputados a atos médicos, avança, esta quarta-feira, o Público.
De acordo com o jornal, entre os visados estão hospitais do Grupo CUF e Trofa Saúde.
Da CUF, a ERS recebeu 17 denúncias relativas a vários hospitais do grupo, relacionadas com valores cobrados entre 2012 e 2021. Os doentes queixam-se de ter recebido faturas com valores superiores aos que tinham sido previamente indicados ou receberem faturas com valores adicionais. No total, terão de ser restituídos cerca de 7 mil euros.
Já quanto ao grupo Trofa Saúde, os queixosos alegam, por exemplo, que só quando receberam a fatura é que perceberam que lhes tinha sido cobrados outros valores por atos médicos que não estavam abrangidos pelos seguros ou subsistemas de saúde. Perante isso, a ERS exigiu que o hospital em causa – o Hospital Privado de Gaia – fizesse uma revisão das faturas e que devolvesse os valores cobrados a 11 doentes, considerando que houve “violação dos seus direitos e interesses legítimos”.
Além destes hospitais, revela o Público, também existe uma queixa do Hospital da Luz Coimbra e outra do Hospital da Luz Clínica da Figueira da Foz. Ambas relacionadas com a mesma problemática.