Mãe da criança garante que foi abordada pela primeira vez pelo antigo pároco quando tinha 12 anos. Aos 14 anos, beijaram-se pela primeira vez. Heitor Antunes tinha 34 anos.
Heitor Antunes, antigo padre na Diocese de Vila Real que foi alvo de uma investigação por abuso sexual de menores em 2015, pediu ao tribunal para dividir a guarda da filha que teve com uma mulher que também o acusa de abuso sexual quando era menor, avança o Observador, esta quinta-feira.
De acordo com o jornal, depois de abandonar o sacerdócio na sequência de um processo canónico de que foi alvo, o ex-pároco pediu em tribunal uma alteração da responsabilidade parental para poder passar mais tempo com a criança, agora com nove anos.
Pedido este que a mãe da criança não aceita. A mulher requereu judicialmente uma medida cautelar para inibir as responsabilidades parentais de Heitor Antunes e uma perícia psicológica e psiquiátrica à sua personalidade. Além disso, pondera avançar com uma queixa crime por abuso sexual, mesmo que este já tenha prescrito.
Recorde-se que, segundo a mulher, o padre abordou-a por mensagens de telemóvel quando tinha apenas 12 anos. A partir daí os contactos entre ambos foram recorrentes e, quando tinha 14 anos e o pároco 34, aconteceu o primeiro beijo.
A relação física terá continuado e a mulher ter-se-á tornado mesmo catequista numa das paróquias da diocese de Vila Real atribuídas a Heitor. Aos 23 anos acabou por engravidar dele.
Mas este não é o único caso suspeito na vida de Heitor. Em 2015, foi investigado na sequência de uma queixa anónima a dar conta de que o então pároco tinha engravidado uma rapariga menor de idade. Nessa altura, a mãe da filha já era maior de idade e a criança tinha um ano, pelo que se suspeitou haver outro caso.
Quando foi inquirido no processo negou tudo e afirmou que nunca se tinha envolvido com nenhuma menor. Sobre a filha e mãe desta, não foram feitas perguntas.
Neste momento, o antigo pároco trabalha como diretor técnico do lar ‘Associação Paz e Amizade’.