As revelações foram feitas pelo Ministério Público Irlandês, responsável pelo julgamento deste crime. Há três homens acusados de homicídio, um dos quais terá pesquisado viagens também para território português.
Um dos suspeitos envolvidos num homicídio que aconteceu o ano passado, no condado de Atrim, na Irlanda do Norte, fugiu para Portugal, de acordo com o que o Ministério Público irlandês garantiu, esta semana.
Segundo o Belfast Telegraph, a revelação foi feita enquanto a Justiça irlandesa decidia sobre a atribuição ou não da fiança a Mário Menezes, um outro suspeito envolvido no mesmo caso, que resultou na morte de Victor Hamilton, de 63 anos. Há três homens acusados de homicídio.
Defendendo que havia perigo de fuga para Menezes, de 33 anos – e que terá sido gravado pelas câmaras de vigilância com mais três homens a dirigir-se para o local onde o crime aconteceu -, o juiz salientou que não seria uma estreia no caso. “[Outro suspeito] Já não está sob a nossa jurisdição por ter ido para Portugal. As autoridades estão a tentar que regresse”, referiu, sem identificar o homem em questão.
O juiz sustentou ainda a não atribuição de fiança porque podia também haver risco de que este interferisse com as testemunhas, para além de fugir. Ainda de acordo com a publicação, os procuradores referiram que o homem terá procurado voos para Portugal no dia seguinte ao homicídio acontecer. “A polícia acredita que ele se preparava para fugir”, referiu a responsável pelo caso. De acordo com os procuradores, mais de 200 testemunhos foram recolhidos.
O juiz acredita que a morte de Hamilton “terá sido uma vingança premeditada”, resultante de um roubo. Uma das centenas de testemunhas ouvidas no âmbito da investigação terá dito que o grupo culpou “a pessoa errada” pelo roubo.
Segundo as publicações irlandesas, a vítima foi encontrada numa piscina ensanguentada. A autópsia acabou por revelar que este morreu depois de ser esfaqueado nas costas, num golpe que terá chegado ao peito.
A vítima terá, no entanto, sido confundida com um assaltante, já que, antes da sua morte, uma pessoa relacionada com um dos suspeitos terá sido contactada por causa de um roubo. A mulher em questão deixou ameaças de que se as suas coisas não fossem devolvidas, a pessoa responsável “não ia andar durante muito mais tempo”.