Elisa Vieira, que estava a viajar por Portugal, garantiu que não lucrou com a venda das peças, e que as donas do sítio “agradecem” porque têm “roupa demais”.

criadora de conteúdos digitais que gerou polémica depois de colocar à venda roupas que recolheu gratuitamente numa loja de 2.ª mão portuguesa explicou, na quinta-feira, que não lucrou com a situação.

Elisa Vieira explicou, em declarações à CNN Portugal, que trouxe algumas peças desta loja – e de outras –  tendo, no entanto, vendido duas e deixado algumas em Portugal com amigos, devido à falta de espaço na mala, no regresso ao Brasil.

A jovem referiu que não obteve lucro porque teve de entregar as peças – referindo-se às deslocações – e também de as lavar. “Não lucrei, não fiz nada para levar vantagem de ninguém, não quis prejudicar”, clarificou.

Ainda quanto à situação polémica, Elisa fala de alguns pormenores. “Sabia que eram roupas que eram dadas, roupas de graça”, notou.

No tempo em que estava em Portugal diz ter visto mesmo “sacos de roupa” em frente de casas de pessoas e, no que diz respeito ao local aonde se dirigiu e gravou o vídeo que gerou esta polémica, a jovem, que tem uma loja online de venda de roupa em 2.ª mão, garante: “Não vi problema, não vi maldade, perguntei para a dona do local se podia levar as peças e ela deu-me total liberdade”.

Durante a sua intervenção, a brasileira diz mesmo que após expor as suas novas aquisições, houve uma pessoa, que dizia viver “ao lado” do local, que lhe respondeu nas redes sociais a contar “que muitas peças são deitadas no lixo” e que “as donas até agradecem” que haja recolha de roupa porque “têm roupa demais”.

Xenofobia?

Na sua conta do Instagram, Elisa refere ainda que, apesar de explicar a história nas redes sociais, tem vindo a receber muito “ódio, ataques, xenofobia e ameaças”.

“Infelizmente, de Portugal, que é um país de que gosto tanto e com pessoas incríveis”, atirou, acrescentando também que recebeu algumas mensagens de apoio.

Elisa diz ainda nas suas redes sociais que houve algo que a magoou. “Existe sim muita xenofobia e preconceito [em Portugal]”, rematou.