SC Braga está perto da oitava final da sua história da Taça de Portugal.  

O SC Braga garantiu uma vitória folgada e está muito perto da final da Taça de Portugal ao vencer, esta noite, em casa do Nacional por uns claros 5-0.

Na Choupana, Madeira, os golos bracarenses tiveram a autoria de Uros Racic, aos 25′, Pizzi, perto do intervalo e novamente Racic, na segunda parte, com golo de penálti, aos 53′. Um novo penálti, devidamente marcado por Banza, deu o 4-0, aos 76′. 

O conjunto que milita na I Liga ficou mais perto de chegar à final da Taça de Portugal pela oitava vez na sua história, com Racic, que saltou do banco, a bisar no encontro, aos 25 e aos 53, de grande penalidade. Pizzi, pelo meio, marcou pelo segundo jogo consecutivo (42), e Banza bisou e fechou as contas aos 76, de penálti, e aos 90+1.

O Nacional apresentou-se em campo com cinco alterações em relação ao desaire ante a Oliveirense (3-0) para a II Liga, com o estreante Lucas França a ocupar a baliza, entrando no onze como André Sousa, Carlos Daniel, Jota e Pipe Gomez, em detrimento de Rui Encarnação, José Gomes, Rúben Ramos, Luís Esteves e Zé Manuel, que cumpre suspensão.

Os ‘arsenalistas’, de olhos postos no quarto cetro, iniciaram o embate com Paulo Oliveira, André Castro, Pizzi e Banza para saída de Niakaté, Al Musrati, que não viajou para a Madeira, Bruma e Abel Ruiz, em comparação com a vitória diante do Estoril Praia (4-1) para a I Liga.

Apesar da boa entrada protagonizada pelos madeirenses, a formação nortenha acabou por abrir o ativo ao minuto 25, em sequência de um passe mal calculado de Pipe Gomez, com Racic, que tinha entrado cinco minutos em campo para o lugar o lesionado Castro, a marcar o primeiro golo do jogo.

O conjunto bracarense dilatou a vantagem ainda antes do intervalo, com um passe de Banza a desmarcar Pizzi, que ‘picou’ a bola por cima do guarda-redes, num lance inicialmente invalidado por fora de jogo, mas o videoárbitro, após quase cinco minutos, acabou por validar.

O Sporting de Braga não mostrou sinais de abrandamento no reatamento da partida e aumentou a vantagem, aos 53 minutos, por Racic, numa grande penalidade, a punir uma falta de Clayton sobre Banza.

O conjunto, que ocupa o terceiro lugar na I Liga, teve nova grande penalidade a seu favor, por novo derrube a Banza, desta vez por Rafael Vieira, com o avançado francês a assumir a marcar o quarto tento.

No primeiro minuto dos três concedidos pelo árbitro, Banza, servido por Pizzi, fechou as contas com o quinto e último golo da partida.

O encontro da segunda mão está agendado para 25 de abril, às 19:30, no Estádio Municipal de Braga.

A final da Taça da Portugal está marcada para o dia 4 de junho, no Estádio Nacional, em Oeiras.

Declarações de Artur Jorge, treinador do Sporting de Braga, após o jogo frente ao Nacional, da primeira mão da meia-final da Taça de Portugal e que terminou com a vitória dos ‘arsenalistas’, por 5-0.

“Sabíamos da importância de assumir uma atitude competitiva adequada a este jogo. Fizemo-lo, de facto, desde o primeiro minuto com uma constante procura da baliza contrária. 5-0 é um resultado confortável para nós, mas da mesma forma que respeitamos o adversário no dia de hoje, temos de o fazer no jogo de volta em Braga para podermos novamente ser competitivos, ser competentes e procurar ganhar o jogo para podermos fechar, aí sim, a eliminatória e ter a final no Jamor.

[Jogo com muitos habituais titulares] Disse-o ontem na minha antevisão que era muito importante termos esta seriedade na abordagem ao jogo. Portanto, eu teria de ser o primeiro com as minhas opções e escolhas. Fui alertando os jogadores nesse sentido e o facto de nós jogarmos aqui hoje com a melhor equipa é a prova disso.

A nossa exigência é muito alta. Queremos vencer todos os jogos para sermos uma equipa que possa jogar bem, ter resultados e ter números e foi isso que fizemos hoje frente a um adversário que também nos deu luta e que contra o qual acabamos por ser superiores. Mas em larga medida pela abordagem muito séria que demos ao jogo.

[Lesão de Castro] Sentiu uma dor e achámos, por precaução, que era melhor tirá-lo do jogo para podermos avaliar agora com mais tempo e calma que tipo de lesão terá.

[Racic] Entrou para dar continuidade àquilo que estava a ser feito, percebendo que é um jogador que tem capacidade de ligação e que em termos posicionais é importante por causa da sua dimensão física.

Declarações de Filipe Cândido, treinador do Nacional, após o jogo frente ao Sporting de Braga, da primeira mão da meia-final da Taça de Portugal e que terminou com a vitória dos ‘arsenalistas’, por 5-0.

“Ainda que tenhamos mais um jogo para disputar, queria deixar aqui uma palavra para os jogadores, fundamentalmente, pelo trajeto que fizemos até este jogo.

Penso que não há dúvida quanto à justiça do resultado, quando é tão desnivelado. No entanto, e pode parecer meio tonto o que vou dizer, mas fundamentalmente acabámos por ver um jogo em que, por exemplo, na posse de bola a percentagem é dividida, em termos de remates, até rematamos mais que o adversário. Eles acertaram seis vezes na nossa baliza e também acertámos seis na deles. O nosso guarda-redes fez uma defesa, o deles seis.

Acabámos até por ter mais cantos que o adversário e pelo menos tentámos dividir o jogo dessa forma, mas acabou por a eficácia ser aqui determinante nesses momentos.

Naturalmente, há que reconhecer a superioridade do [Sporting de] Braga e dar os parabéns ao vencedor deste jogo. No entanto, uma palavra também para os meus jogadores por aquilo que procuraram fazer, em termos estratégicos e daquilo que eram as nossas intenções.

Sabíamos que num ou outro momento o Braga nos podia tirar a bola, mas penso que fomos perigosos olhando para aqueles que foram os acontecimentos na primeira parte, tivemos pelo menos três aproximações com bastante perigo na primeira parte e poderíamos ter sido nós a inaugurar o marcador. Praticamente na primeira vez que o Braga vai [à baliza] faz um grande golo.

É verdade que o resultado se foi avolumando e temos de reconhecer alguma superioridade do adversário e muitas vezes os resultados acabam por nos provar isso.