Suspeitos fariam parte de um grupo organizado que furtava vários tipos de produtos, como roupas desportivas e relógios.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) está esta terça-feira a levar a cabo uma megaoperação no Grande Porto, que visa um grupo alegadamente dedicado à realização de furtos em residências e estabelecimentos comerciais, e que já culminou na detenção de 13 pessoas. Nos trabalhos estão envolvidos mais de 300 operacionais.
A informação foi confirmada pelo tenente-coronel Adriano Resende à SIC Notícias, revelando que a investigação começou há cerca de um ano, em Viseu, acabando por ganhar contornos nacionais.
“Os grupos sinalizavam as residências, nomeadamente as mais isoladas, rondavam se havia gente no interior e, quando tinham oportunidade, entravam e roubavam tudo o que tivesse valor e fosse fácil de tirar, nomeadamente ouro e dinheiro”, disse o militar da GNR, explicando que, no que toca aos furtos em estabelecimentos, “introduziam-se, dissimulavam os produtos que pretendiam furtar e saíam sem pagar”.
A investigação deu conta de 57 furtos em residências e 94 furtos em estabelecimentos comerciais, acreditando a GNR, no entanto, que o número deverá ser maior.
O grupo por trás destes alegados crimes, argumentam as autoridades, estará “bem organizado”, existindo um conjunto de pessoas que se dedicava aos furtos e um outro que se dedicava à recetação e distribuição dos produtos furtados. Ao que a GNR avançou, o grupo suspeito terá cerca de 30 membros, com ligações familiares entre si.
Se, nas residências, os furtos visavam ouro e dinheiro, nos estabelecimentos, avançou a polícia, os suspeitos procuravam roupas de desporto com algum valor, relógios, consolas de videojogos e até produtos de alimentação geralmente mais caros, como picanha, bacalhau, camarão e salmão. Os suspeitos “conseguiam dissimular no seu corpo com sacos com proteção para não serem detetados”, contou ainda a GNR.
Colaboram nesta megaoperação elementos da Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, Autoridade Tributária e das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens.