O Parlamento Europeu (PE) apelou hoje à criação de uma estratégia que impeça ingerências nas próximas eleições europeias e quer, por exemplo, a proibição da rede social TikTok em instituições nacionais e da União Europeia (EU).
Os eurodeputados apelaram “a uma estratégia coordenada para aumentar a resiliência da UE à ingerência estrangeira e à manipulação da informação, para proteger as eleições europeias de 2024”, dá conta um comunicado divulgado pela instituição.
O PE aprovou hoje um relatório — com 469 votos favoráveis, 71 contra e 75 abstenções – que pede especial atenção para os meses que antecedem o sufrágio nos 27, nomeadamente para as ingerências russa e chinesa, mas também nos países candidatos à adesão ao bloco comunitário, como é o caso da Ucrânia e da Moldova.
“O Parlamento condena o perigoso fenómeno da ‘contratação de desinformação’, através do qual os prestadores oferecem serviços de desinformação a intervenientes governamentais e não governamentais, por exemplo, através da ‘dark web’, para atacar os processos eleitorais”, acrescentam os eurodeputados.
A maioria do hemiciclo em Bruxelas também está preocupado com os fenómenos de espionagem por parte da Pequim com recurso a redes sociais como o TikTok.
Por isso, exortam a Comissão e o Conselho Europeu a excluírem “a utilização de equipamento e software de fabricantes de países de alto risco, em particular a China e a Rússia, como a ByteDance, a Huawei, a ZTE, a Kaspersky, a NtechLab ou a Nuctech”.