O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países do G20 acelerou para 0,9% no primeiro trimestre, contra 0,4% no trimestre anterior, impulsionado principalmente pela China e pela Índia, informou hoje a OCDE.

Paris, 14 jun 2023 (Lusa) – O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países do G20 acelerou para 0,9% no primeiro trimestre, contra 0,4% no trimestre anterior, impulsionado principalmente pela China e pela Índia, informou hoje a OCDE.

Num comunicado hoje divulgado, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) precisa que o crescimento da China após o fim das restrições sanitárias (2,2% contra 0,6% no trimestre anterior) foi particularmente decisivo, uma vez que o ‘gigante’ asiático representa quase um quarto do PIB do G20.

A Índia foi outro importante motor de crescimento (1,9%, contra 1%), salienta a OCDE.

Outros países registaram um crescimento notável, nomeadamente o Brasil, cujo PIB aumentou 1,9%, depois de um declínio de 0,1% no último trimestre de 2022, ou o México (1%, contra 0,6%).

A França, a Itália e o Canadá também registaram aumentos do PIB, enquanto a Coreia do Sul e a África do Sul voltaram a crescer após contrações no trimestre anterior.

Em contrapartida, a Alemanha entrou em recessão, com uma diminuição do PIB de 0,3%, que se vem juntar à contração de 0,4% registada no último trimestre do ano passado.

Os Estados Unidos registaram um aumento de 0,3%, um abrandamento em relação aos 0,6% verificados no último trimestre de 2022.

O relatório assinala que o Reino Unido continuou a registar um crescimento fraco, de 0,1%, o mesmo valor do trimestre anterior.

O pior desempenho neste trimestre foi o da Arábia Saudita, com uma contração de 1,4%, devido principalmente a “uma redução das atividades petrolíferas”.

A Argentina não tinha os dados do primeiro trimestre disponíveis à data do relatório, depois de ter registado um declínio do PIB de 1,5% no quarto trimestre do ano passado.

Globalmente, o PIB dos países do G20 no primeiro trimestre foi 7,8% superior aos níveis pré-pandemia (4.º trimestre de 2019).

No entanto, continua abaixo desse nível na Alemanha e no Reino Unido, em ambos os casos com menos 0,5%.