Macau registou 2,2 milhões de visitantes em maio, quase quatro vezes mais do que em igual mês de 2022, segundo dados hoje divulgados, que reforçam o melhor arranque de ano desde o início da pandemia.
Nos primeiros cinco meses de 2023, a região chinesa recebeu 9,4 milhões de turistas, três vezes mais do que no mesmo período do ano passado, referiu a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) em comunicado.
Ainda assim, o número de visitantes caiu 2,6% em comparação com abril (2,27 milhões de visitantes), interrompendo assim uma série de cinco meses consecutivos de subida, desde dezembro de 2022.
Macau, que à semelhança da China seguia a política ‘zero covid’, anunciou em meados de dezembro o cancelamento gradual da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos de rigorosas restrições.
A região administrativa especial chinesa reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo turistas, a partir de 08 de janeiro.
Ainda assim, os dados da DSEC mostram que dois terços dos visitantes que chegaram ao território em maio vieram da China continental, com mais 27,2% a vir da vizinha região de Hong Kong.
A China levantou em 06 de fevereiro todas as restrições devido à pandemia de covid-19 nas deslocações para Hong Kong e Macau, permitindo o reinício das excursões organizadas para as duas cidades.
Apesar da recuperação do turismo, a principal indústria da região, o número de visitantes em maio representa menos de dois terços dos 3,4 milhões registados em igual mês de 2019, antes da pandemia.
A DSEC divulgou também hoje os resultados de um inquérito, que revelam um aumento homólogo de 57% nas receitas dos restaurantes de Macau em abril, com destaque para uma subida de 134% nos restaurantes ocidentais, muitos dos quais são portugueses.
Os dados mostram também um crescimento homólogo de 73,5% nas vendas do comércio a retalho em abril.
As maiores subidas homólogas verificaram-se nas vendas de relógios e joalharia (mais 125%), de vestuário para adultos (mais 114,4%) e de artigos de couro (mais 101,3%) — bens mais baratos em Macau do que na China, devido à ausência de imposto sob a venda a retalho.
A DSEC revelou também que um terço dos retalhistas e 26% dos proprietários de restaurantes previam um aumento das vendas em maio, com os retalhistas de produtos cosméticos e de higiene os mais otimistas (46%).
As vendas a retalho em Macau atingiram 24 mil milhões de patacas (2,8 mil milhões de euros) no primeiro trimestre de 2023, um novo recorde, graças “ao alívio das medidas de prevenção pandémica exigidas para a entrada em Macau”, disse a DSEC no final de maio.