O governador de Zaporijia, Yuri Malashko, indicou hoje que uma pessoa foi morta e seis feridas com gravidade na sequência de um ataque russo na região e que atingiu a cidade de Orejov.

Avítima mortal é um homem de 77 anos, e a maioria dos feridos são mulheres, acrescentou. “O inimigo responderá por cada um dos seus crimes de tirar vidas ucranianas”, manifestou ainda em mensagem no Telegram.

A maior central nuclear da Europa situa-se na região de Zaporijia, e existe o receio de que russos ou ucranianos possam provocar uma catástrofe de grandes dimensões. Desde o início da invasão que Moscovo e Kiev se acusam mutuamente de colocar em perigo a segurança das instalações.

Na semana passada, e após a sua última inspeção ao local, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) definiu de “grave” mas “estável” a situação na central, na sequência da destruição da barragem da central hidroelétrica de Kakhovka situada na região de Kherson.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.