O ministro dos Negócios Estrangeiros sueco, Tobias Billström, mostrou-se hoje otimista quanto à possibilidade de a Turquia desistir das objeções à adesão da Suécia à NATO, defendendo que a adesão é uma questão de “quando” e não de “se”.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, deverão reunir-se ainda hoje na capital lituana, Vílnius, antes do início da cimeira de dois dias da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
Billström disse à emissora pública SVT que espera que a Turquia acabe por dar sinais de que vai permitir que a Suécia adira à Aliança Atlântica, embora tenha afirmado não saber se tal acontecerá durante a cimeira anual da organização.
“Estamos a contar chegar a um ponto em que recebamos uma mensagem do Presidente Erdogan, a que se pode chamar ‘luz verde’, para que o processo de ratificação no Parlamento turco possa começar”, afirmou Billström.
A Turquia tem bloqueado a adesão da Suécia à NATO, afirmando que o país tem de fazer mais para combater os militantes curdos e outros grupos que Ancara considera como ameaças à sua segurança nacional.
Os protestos anti-turcos e anti-islâmicos em Estocolmo levantaram dúvidas quanto à possibilidade de se chegar a um acordo antes da cimeira da aliança.
Billström disse que a Suécia cumpriu a sua parte do acordo tripartido que assinou com a Turquia e Finlândia na cimeira da NATO realizada em 2022 em Madrid.
“Devemos considerar a questão como resolvida, no sentido em que não se trata de uma questão de ‘se’. No âmbito da cimeira da NATO em Madrid, no ano passado, a Turquia já concedeu à Suécia o estatuto de país convidado da NATO. É, portanto, uma questão de ‘quando'”, afirmou.
Billström disse esperar que a Hungria, que também não ratificou a adesão da Suécia, o faça antes da Turquia.
A Suécia e a Finlândia, anteriormente não-alinhadas, candidataram-se à adesão à NATO em 2022, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada a 24 de fevereiro desse ano.
A adesão da Finlândia concretizou-se em abril deste ano.