A Autoridade de Aviação Civil do Sudão anunciou hoje o prolongamento do encerramento do espaço aéreo do país, exceto para voos humanitários e de evacuação, até 31 de julho.
“A Autoridade da Aviação Civil anunciou a prorrogação do período de encerramento do espaço aéreo sudanês a todo o tráfego aéreo até 31 de julho de 2023”, informou o Aeroporto Internacional de Cartum, primeiro teatro de conflito entre o exército regular e as paramilitares Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), em 15 de abril.
A mesma fonte esclareceu através da sua conta na rede social Twitter que esta situação exclui os voos de ajuda humanitária e os voos de evacuação “com autorização prévia das autoridades competentes”.
O encerramento do aeroporto internacional paralisou o país até que a cidade de Porto Sudão, no leste do país africano e sede provisória do governo provisório e das agências humanitárias, foi habilitada semanas mais tarde para a operações de evacuação e chegada de ajuda.
Em 28 de junho, as partes beligerantes iniciaram uma trégua de dois dias por ocasião da Festa do Sacrifício ou Aïd al-Adha, um dos feriados mais importantes do calendário muçulmano, que foi, no entanto, quebrada poucas horas depois de entrar em vigor.
Até à data, os dois lados do conflito não mostraram qualquer intenção de chegar a um novo cessar-fogo.
Decorrerá esta semana no Egito uma cimeira para abordar as repercussões de um conflito que não cessa.
A Organização das Nações Unidas (ONU) já alertou inúmeras vezes para a “catástrofe” humanitária que o Sudão está a viver devido ao conflito, que já fez mais de 1.173 mortos civis e 11.704 feridos.