O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, destacou hoje os acordos entre Portugal e Gana em áreas do investimento à defesa e afirmou que os dois países têm “os mesmos pontos de vistas nos assuntos multilaterais”.

O chefe de Estado falava no Palácio de Belém, em Lisboa, tendo ao seu lado o Presidente da República do Gana, Nana Akufo-Addo, que hoje iniciou uma visita de Estado a Portugal.

Numa intervenção em inglês, Marcelo Rebelo de Sousa apontou o Gana como “um país-chave em África” e qualificou Nana Akufo-Addo como um político “muito especial”, que “não separa a democracia política da democracia social e económica” e que contribuiu para que o seu país seja “um caso de democracia, de paz e de estabilidade”.

“Isto significa que é fácil haver muito boas relações bilaterais entre os nossos dois países. Os nossos ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros estiveram recentemente no Gana, começando um caminho que agora explica os acordos que serão assinados amanhã [quarta-feira]”, acrescentou.

O Presidente da República realçou que serão assinados “um memorando de entendimento político” e “um memorando sobre investimento”.

“E em tantas áreas diferentes, agroindústria, educação, formação, turismo, assuntos sociais. Mas também renováveis, digital, tecnologia, alta-tecnologia, finanças”, prosseguiu.

Marcelo Rebelo de Sousa destacou ainda “os acordos na defesa” entre Gana e Portugal, referindo: “Estamos ambos preocupados com a situação no Golfo da Guiné. Estamos a cooperar nesse setor”.

O chefe de Estado mencionou ainda acordos “relativos às empresas, pequenas, médias e grandes, que atuam noutros setores: infraestruturas, construção”.

O Gana é um dos Estados-membros da (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), de que também fazem parte a Guiné-Bissau e Cabo Verde, e o Senegal e a Costa do Marfim, países já visitados por Marcelo Rebelo de Sousa enquanto chefe de Estado.

Perante Akufo-Addo, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que Portugal e Gana têm “os mesmos pontos de vistas nos assuntos multilaterais”.

Defendem “a Carta das Nações Unidas, o direito internacional, o papel das organizações internacionais, paz e segurança no mundo, mas também o desenvolvimento sustentável, o ambiente, o diálogo intergeracional”.

“E, claro, sobre a guerra na Ucrânia, ambos condenámos a invasão da Rússia”, salientou.

Após as declarações dos dois presidentes perante a comunicação social, não houve direito a perguntas.