No ano letivo que arranca em setembro, os professores só irão saber em que escola foram colocados dias antes do início das aulas, devido a um atraso nos concursos que está a adiar as colocações para mais tarde do que o habitual nos últimos quatro anos.
Serão cerca de 10 mil professores, que concorrem à mobilidade interna e à contratação inicial, os afetados pelo atraso.
O caso é denunciado por Filinto Lima, da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, que ao Correio da manha indica que “o pedido das escolas dos horários sobrantes decorre até amanhã [esta quinta-feira]” e que no ano passado, a 1 de agosto, “as escolas já estavam a proceder a esta fase”, pelo que as colocações “não serão conhecidas em meados deste mês”.
O responsável indica que os professores afetados, só vão ficar a saber onde foram colocados “alguns dias antes de começarem as aulas”.
A Fenprof diz não compreender o porquê dos concursos só terem aberto em agosto. “As colocações deverão sair no final do mês e assim os professores não terão tempo para preparar o arranque do ano letivo”, lamenta José Feliciano Costa, secretário-geral adjunto, assinalando que a situação será ainda mais difícil para os docentes que ficarão longe de casa e terão de tratar de arranjar alojamento.
O Ministério da Educação não apresentou qualquer justificação aos sindicatos pelo atraso nos concursos.