A vítima quebrou o acordo que tinha feito com as duas mulheres, depois de o filho ter nascido, em junho.
uas mulheres, com 34 e 38 anos de idade, uma delas estrangeira, foram detidas, em Braga, suspeitas do crime de tráfico de pessoas, na forma tentada.
Segundo a Polícia Judiciária, em fevereiro de 2023, as detidas, face à incapacidade de conseguirem ter filhos delinearam um plano que visava aproveitar-se da gravidez de uma pessoa que tinham acolhido em casa, para, após o parto, registarem o bebé em seu nome.
O casal aproveitou-se do facto de a vítima não ter nacionalidade portuguesa e estar desempregada para a acolher na sua casa, oferecendo-lhe alojamento, alimentação e disponibilizaram-se a pagar todas as despesas relacionadas com a sua gravidez. Ofereciam-lhe, ainda, uma pequena quantia mensal em dinheiro.
A parturiente não poderia frequentar consultas no Sistema Nacional de Saúde, para evitar registos nas bases de dados e foi-lhe dito que, quando desse entrada no hospital, para o nascimento, fosse indocumentada, omitindo a sua identidade e fornecendo desde logo o nome das pessoas que iriam futuramente figurar como pais do recém-nascido, lê-se em comunicado.
Após o nascimento, ocorrido em 19 de junho, num hospital do SNS, a mãe decidiu quebrar o acordo e ficar com a criança, tendo sido ameaçada e coagida pelo referido casal para manter o que tinha sido combinado.
As detidas vão ser presentes à autoridade judiciária competente para aplicação de medidas de coação.