O Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (STOP) anunciou hoje uma greve de duas semanas, de docentes e não docentes, entre 13 e 19 de novembro, e uma manifestação nacional em Lisboa, no dia 18 de novembro.

Esta manhã, em Coimbra, o líder do sindicato realizou uma conferência de imprensa enfatizando a importância de o Governo compreender que os profissionais da educação estão empenhados em lutar por uma escola pública de alta qualidade para todos os alunos, independentemente das suas origens socioeconômicas.

Ele ressaltou que, num ano de crescimento econômico e com um excedente de receita fiscal superior a dois bilhões de euros, não é aceitável que haja dezenas de milhares de alunos enfrentando a falta de professores, psicólogos, terapeutas e assistentes operacionais. Além disso, ele expressou sua preocupação com os profissionais da educação que se sentem desconsiderados, exaustos e privados de seus direitos.

O líder sindical argumentou que a proposta atual do Orçamento do Estado para 2024 não prioriza adequadamente o investimento na escola pública nem o reconhecimento de todos os que nela trabalham e estudam.

Ele também alertou os pais e a sociedade em geral sobre as possíveis consequências negativas no futuro se nada for feito para melhorar a situação na escola pública. O sindicato decidiu iniciar um “novembro de luta” durante as discussões do Orçamento do Estado, envolvendo mais de 100 comissões sindicais e de greve em uma reunião online.

A greve nacional programada para ocorrer de 13 a 29 de novembro será organizada em cada escola e agrupamento, seguindo o modelo do ano letivo anterior, com a utilização de fundos de greve. Esta abordagem é considerada totalmente legal e envolve a autonomia e a tomada de decisões democráticas pelos professores e não docentes de cada estabelecimento.

A manifestação nacional programada para 18 de novembro terá início no Ministério da Educação e se dirigirá até à Assembleia da República, com o objetivo de pressionar por alterações no Orçamento do Estado que atendam às necessidades reais da escola pública e não estejam adequadamente refletidas no documento.