Declarações de Artur Jorge, treinador do Braga, na antevisão ao encontro de Vizela, agendado para as 15h30 de sexta-feira
“Espero que se continue a poder falar de um Braga em ascendente. Tendo em conta os contextos diferentes, com classificações distintas, diz-nos a experiência e o passado recente que em termos de competitividade essa diferença diminui. Temos que estar preparados para que possamos confirmar o nosso ascendente, sempre com a intenção de ir em busca de mais uma vitória. Queremos fazer um jogo muito competente.”
Reviravoltas: “Claro que preferia que isto [ter que recuperar de desvantagens nos resultados] não acontecesse. Há a capacidade de a equipa em momentos de desconforto não se desviar do plano, face à desvantagem no marcador. Sabemos que temos que corrigir esses momentos, tentando que os adversários não marquem para podermos nós, desde cedo se possível, ficarmos em vantagem, tendo maior controlo. Olhamos para os 90 minutos com a mesma intencionalidade de vencer, mas será sempre preferível que não estejamos em desvantagem; são momentos difíceis de superação. Nem eu, nem os jogadores, queremos que [este cenário] se repita muitas vezes.”
Gestão do balneário face à proximidade do jogo com o Nápoles: “Tenho tido o cuidado de falar do nosso calendário e essas expectativas gerem-se de forma realista. Sabemos que temos tido momentos de grande densidade competitiva, defrontando equipas com grande qualidade, tanto na Liga dos Campeões como cá. Teremos de olhar de forma realista para os jogos, de forma fria, sempre focados no próximo. Não o digo por ‘bluff’.”
Rotação da equipa: “O plantel foi construído para dar resposta em todas as frentes. Tenho de ter uma leitura mais fria do que o adepto, porque sei qual é a qualidade do plantel e dos jogadores que tenho. Sei os momentos que atravessam e procuro valorizar o trabalho interno, apresentando o onze mais capaz de dar a melhor resposta. Temos conseguido dar resposta nos jogos. Não sou doido. O Zalazar fez um jogo tremendo com o Union Berlin e a seguir não jogou, porque não estava em condições. A densidade competitiva obriga-nos a isso. É este Braga que queremos, a competir com os melhores e com intervalos de tempo curtos. Temos que estar preparados.”
Equilíbrio do campeonato: “Não sei se este será o campeonato mais equilibrado. A proximidade entre as equipas pode ser um indicador de equilíbrio, mas tudo dependerá do próximo mês, esperando estar na final-four da Taça da Liga. Nessa altura já será determinante para avaliar o equilíbrio. Por vezes, há equipas que se destacam no início, às vezes no meio e também na parte final. Basta ver o Brasileirão e o exemplo do Abel Ferreira. Cá seria muito difícil acontecer algo assim. Há que ter um plano e não nos desviarmos dele.”