Num jogo repleto de reviravoltas, o SC Braga empata 1-1 com o Vitória SC graças a um golo espetacular de João Mendes nos descontos.
Num emocionante dérbi minhoto, João Mendes brilha ao marcar um golo fenomenal aos 90+8 minutos, assegurando um empate de 1-1 entre o Vitória SC e o SC Braga. O jogo foi marcado por uma exibição aquém do esperado de ambas as equipas, com poucas oportunidades de golo.
O SC Braga, que poderia igualar o FC Porto na terceira posição, perdeu a oportunidade e manteve uma distância de três pontos para os rivais de Guimarães. O primeiro golo surgiu aos 53 minutos, com Vítor Carvalho a marcar para os bracarenses. No entanto, o Vitória SC conseguiu igualar com o incrível remate de João Mendes nos descontos.
O jogo também foi marcado por algumas ausências notáveis, incluindo Niakaté e Banza, ao serviço do Mali e Congo no CAN2023, e a titularidade surpreendente de Vítor Carvalho no meio-campo do SC Braga. O Vitória SC contou com as novidades de Nuno Santos e André Silva no ataque.
O empate emocionante de João Mendes representa um momento crucial para o Vitória SC, enquanto o SC Braga lamenta a oportunidade perdida de subir na tabela classificativa.
Declarações de Artur Jorge, treinador do Sp. Braga, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após o empate (1-1) frente ao Vitória de Guimarães:
«Analiso mais o resultado do que o jogo em si. O resultado é que dita a perda ou o ganho de pontos. Perdemos aqui dois pontos quando na minha opinião fizemos um jogo bom, tivemos as melhores oportunidades. Mas, o sentimento é de injustiça face ao que trabalhámos, para o que produzimos, ao espírito de missão com que os jogadores se comprometeram, penso que mereciam mais do que um ponto».
[Golo anulado e perdida de Abel Ruiz que significado tem?] «É a diferença entre ganhar jogos e não se ganhar. Tivemos o tal golo anulado, tivemos uma bola no poste, e para me poder fixar nas oportunidades perto do fim, é a diferença quando a eficácia acontece para se poder ganhar. Podíamos estar aqui com um estado anímico bem diferente, porque criámos oportunidades. Faz toda a diferença».
[Álvaro Pacheco falou em antijogo…] «As substituições posso-as fazer, enquanto treinador, fazer no primeiro minuto como no último, é a minha decisão. Percebo estado emocional, mas não nos pode tirar a racionalidade para se falar de antijogo. Basta ver o jogo desde início para perceber o que estou a dizer».
[Tempo de compensação] «Acho que é exagerado porque acaba por ditar o resultado final do jogo com um golo ao minuto 97.30 quando deu cinco minutos de compensação. Parece-me descabido alargar o tempo de compensação quando as substituições são feitas já perto do fim».
[Peso anímico deste resultado antes de jogar com Benfica e Sporting?] «Temos um mês de janeiro muito exigente do ponto de vista competitivo. O resultado o que acarreta é hoje dormirmos mal, depois amanhã voltamos a treinar e a pensar no Benfica. Não temos muito tempo para nos vangloriar de vitórias nem chorar um empate que sabe a derrota».
Declarações de Álvaro Pacheco, treinador do Vitória de Guimarães, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após o empate (1-1) frente ao Sp. Braga:
[Golo no fim deu justiça?] «Sim, sem dúvida nenhuma. Mais do que merecido. Fazendo um resumo do jogo, o Braga estava a atrair os nossos médios para a pressão e estavam a criar desconforto, depois de ter corrigido taticamente conseguimos equilibrar na primeira parte. A segunda parte penso que é toda nossa, nunca permitimos o jogo interior do Braga, retirámos espaço para acelerar o jogo. No nosso melhor período o Braga chega ao golo, e depois tomámos conta do jogo. Estar aqui a perder, não foi fácil manter a equipa focada, mas manteve-se focada no jogo e no que tínhamos de fazer. A equipa manteve-se serena, fomos premiados na fase final, criámos oportunidades para chegar ao empate. É verdade que a equipa fica exposta, o Braga teve uma situação para ficar ao segundo golo, que era injusto, com o Braga a fazer algum antijogo, mas a minha equipa manteve-se focada e serena. Nenhuma equipa merecia perder aqui e o empate acaba por se ajustar».
[O que fez a diferença num jogo em que a equipa passou por diferentes esquemas táticos?] «A mentalidade. Só uma equipa de jogadores com capacidade técnica se conseguiu superar. Deve-se aos desafios que temos lançado aos nossos jogadores desde a nossa chegada, à forma como se têm disponibilizado para crescer. Acho que só uma equipa com uma mentalidade à Vitória: ser campeões todos os dias, perante as adversidades, com o Braga a impor quebras, conseguimos ter coragem e qualidade para chegar ao golo».
[Desde a chegada deu uma nova imagem ao Vitória] «O mérito não é meu, é da estrutura, de quem construiu o plantel. São desafios, as coisas estão a correr bem, aquilo que sou enquanto homem e treinador encaixa no ADN Vitória, o que ajuda a criar uma envolvência e um casamento perfeito».
[Falhas na finalização] «Principalmente na primeira parte chegámos ao último terço, mas não tivemos capacidade para chegar aos espaços corretos e definir da melhor forma. Estávamos a decidir com o coração. Fazíamos o mais difícil, conseguíamos sair da pressão, mas não tínhamos o batimento cardíaco certo para tomar as decisões. Ao longo do jogo foram percebendo isso e foram capazes de pegar no jogo; a forma como chegámos ao empate é meritória».