Sven-Goran Eriksson, antigo treinador do Benfica, anunciou que está a enfrentar um cancro terminal e tem apenas mais um ano de vida, de acordo com os prognósticos mais recentes.

Há aproximadamente um ano, o sueco comunicou que iria deixar o futebol por razões de saúde, quando desempenhava a função de diretor desportivo no IF Karlstad, na Suécia.

“Neste momento, todos podem ver que estou a lidar com uma doença grave, que é um cancro. Tenho de lutar o máximo possível. Na melhor das hipóteses, tenho um ano de vida, na pior, muito menos. Bem, na melhor das hipóteses, suponho que ainda mais de um ano. Não creio que os médicos possam ter certeza absoluta, não podem prever um dia. É impossível dizer exatamente, por isso é melhor não pensar nisso”, afirmou Eriksson numa entrevista à rádio sueca P1. “Vou resistir enquanto puder”, acrescentou.

Com 75 anos, Eriksson treinou o Benfica por cinco épocas, em dois períodos distintos, entre 1982 – após conquistar a Taça UEFA com o Gotemburgo – e 1984, e depois entre 1989 e 1992. Durante esse período, conquistou três vezes o título de campeão nacional, venceu uma Taça de Portugal e uma Supertaça. Com uma carreira que abrange 42 anos, o treinador passou por clubes como Gotemburgo, Roma, Fiorentina, Sampdoria, Lazio, Manchester City, Leicester, entre outros. Além disso, foi selecionador do México e de Inglaterra, sendo o primeiro não inglês a orientar esta seleção, e teve passagens pela China e pelas Filipinas.

Na entrevista à rádio pública sueca, Eriksson partilhou que está a tentar manter uma atitude positiva: “Tentamos enganar o cérebro, porque é muito fácil sucumbir, tornar-se negativo e ficar preso em casa. É melhor tentar ver o lado positivo e não ceder em tempos difíceis.”