Presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, Expressa Confiança no Crescimento Contínuo em 2024, Desconsiderando Impacto Negativo de Conflitos
O presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, assegurou hoje que não se antecipa um impacto adverso no setor devido aos recentes conflitos internacionais, mesmo após os recordes alcançados em 2023.
“O ano passado foi de um crescimento notável em meio a uma conjuntura particularmente desafiadora. Em 2023, enfrentamos o conflito na Ucrânia, preocupações com inflação e taxas de juro, mas, mesmo assim, o setor de turismo demonstrou sua resiliência, superando a média mundial em termos de crescimento”, afirmou Carlos Abade.
Globalmente, o setor do turismo registou um crescimento de cerca de 95% em relação a 2019, pré-pandemia, mas Portugal destacou-se, alcançando números inéditos em hóspedes, dormidas e receitas. Segundo dados recentes, as previsões para 2023 apontam para 77 milhões de dormidas, um aumento de quase 11% em relação a 2022, e receitas próximas aos 25 mil milhões de euros, representando um aumento de 40% em relação a 2019.
Carlos Abade sublinhou que 2023 foi um ano recorde, e as expectativas para 2024 indicam a continuação desse crescimento. Portugal ficou a apenas 7,6% de atingir as estimativas para as receitas no setor em 2027 (27 mil milhões de euros).
Em relação aos conflitos internacionais, Abade expressou otimismo, afirmando que a expectativa é que eventos como os do Médio Oriente não tenham “impacto no crescimento de visitas e no valor gerado para Portugal no âmbito do turismo”.
Apesar da edição atual da Feira Internacional de Turismo de Madrid (FITUR) contar com mais espaço, participantes e prever um aumento no número de visitantes em comparação com 2023, a dimensão ainda permanece abaixo dos níveis pré-pandêmicos.
Em janeiro de 2020, antes da pandemia, a FITUR atraiu 11.040 empresas de 165 países, ocupando 918 expositores e 69.700 metros quadrados. Este ano, com 9.000 empresas de 152 países, 806 expositores e a expectativa de 250 mil visitantes, a feira demonstra uma recuperação, embora mantendo uma escala inferior aos anos anteriores à crise sanitária.