Paralisação afeta consultas e cirurgias, mas serviços mínimos estão assegurados, segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

A greve dos enfermeiros no Hospital de Braga, que teve início às 08h00 desta terça-feira, registou uma adesão significativa de cerca de 95% nas primeiras horas, de acordo com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP). A paralisação, que se prolonga até às 20h00, está a provocar o cancelamento de consultas e cirurgias programadas, embora os serviços mínimos estejam a ser assegurados.

Esta ação de protesto surge no seguimento de reivindicações que incluem a aplicação correta da legislação relacionada com os horários dos colegas das áreas de oncologia e psiquiatria, progressão salarial, e a contabilização dos pontos relativos ao ano de início do exercício de funções.

O SEP destacou que a adesão elevada dos profissionais de saúde reflete o descontentamento generalizado com a falta de resposta do governo às exigências dos enfermeiros. A situação em Braga segue-se à greve ocorrida no Hospital de Famalicão no dia anterior, demonstrando uma crescente mobilização dos enfermeiros em defesa dos seus direitos.

O impacto da greve tem-se feito sentir no Hospital de Braga, com o cancelamento de várias consultas e cirurgias. No entanto, o sindicato garantiu que os serviços mínimos estão a ser cumpridos, assegurando o atendimento de casos urgentes e inadiáveis.

Os enfermeiros prometem continuar a lutar por melhores condições de trabalho e pela justa valorização da sua carreira, apelando à intervenção do governo para resolver as questões pendentes que afetam a classe. A greve, que é vista como uma última tentativa de fazer ouvir as suas reivindicações, é apenas uma das várias formas de luta que os enfermeiros estão dispostos a encetar se não forem atendidos.