Portugal está apurado para o Campeonato da Europa de Futebol do próximo ano. A seleção nacional venceu a Eslováquia por 3-2.

A seleção portuguesa de futebol garantiu esta sexta-feira a nona presença, e oitava consecutiva, no Campeonato da Europa, ao vencer a Eslováquia por 3-2, em encontro da sétima jornada do Grupo J de qualificação, no Porto. Gonçalo Ramos, aos 18 minutos, e Cristiano Ronaldo, aos 29 e 72, o primeiro de penálti, marcaram os golos da seleção lusa, que repete 1984, 1996, 2000, 2004, 2008, 2012, 2016 e 2020, enquanto David Hancko, aos 69, e Stanislav Lobotka, aos 80, faturaram para os eslovacos. Ainda com três jornadas por disputar, num grupo que apura os dois primeiros, Portugal, campeão europeu em 2016, passou a contar 21 pontos, contra 13 da Eslováquia, 11 do Luxemburgo, nove de Bósnia-Herzegovina, sete da Islândia e zero do Liechtenstein.

Declarações do selecionador nacional de Portugal, Roberto Martínez, na sala de imprensa do Estádio do Dragão:

[Balanço sobre a qualificação:] «Gostaria de fazer uma avaliação depois do último jogo. O jogo com a Bósnia é importante para nós terminarmos invictos a fase de apuramento. Estamos no bom caminho. Gostei muito do profissionalismo da equipa, o compromisso, os níveis do balneário e depois não é uma surpresa o talento individual que nós temos. Precisamos, nos próximos três jogos, de terminar ao melhor nível, porque agora temos mais do que 23 jogadores para a lista de convocados para o Europeu. É uma realidade e um trabalho difícil para mim.»

[Se vai aproveitar os dois últimos jogos para abrir a porta a jogadores com quem ainda não trabalhou:] «A porta está sempre aberta, mas para entrar na porta é difícil, o nível é o do jogador que está dentro da porta. É importante, para a nossa seleção, ter a porta sempre aberta, mas também dar a oportunidade aos nossos jogadores de estar no balneário, porque merecem isso. Agora, normalidade: sempre fizemos mudanças de um jogo para o outro. Vamos jogar na segunda-feira, vamos avaliar o estado físico dos jogadores e tomar decisões. Mas não [ndr: vamos fazer] mudanças por mudanças. A nossa seleção joga a um nível, porque o treino é de um certo nível e os jogadores que não tiveram minutos no relvado, vão lutar por isso. A porta da seleção está sempre aberta, mas é muito difícil entrar.»

[Importância da flexibilidade da equipa e a resposta da equipa, numa noite em que Ronaldo e Ramos surgiram em dupla na frente:] «O que o adversário pode fazer é importante para nós, para utilizar uma forma de jogo, uns ou outros jogadores, mas era importante para nós ver o Gonçalo Ramos. Gostei muito do desempenho contra o Luxemburgo e acho que era muito bom ver a estrutura da nossa equipa com dois pontas de lança. O Cristiano e o Gonçalo não jogaram em posições normais. Foram posições muito disciplinadas para o que a equipa precisava. Isso foi, para mim, mais agradável do que os golos que marcaram.»

[Noite com os primeiros golos sofridos:]: «Não era o meu objetivo fazer apuramento sem golos sofridos. No futebol, isso não é normal. Ninguém trabalha para ter uma baliza sem golos sofridos e depois perdes uma final e ninguém se lembra da equipa que teve cinco, seis ou dez jogos sem golos sofridos no apuramento. Não, nós queremos defender bem, é importante, mas somos uma equipa com um talento ofensivo muito bom. E vamos sofrer golos, claro, mas acho que podemos marcar golos que o adversário, é isso. Depois, criar uma mentalidade ganhadora. Sofrer golos ou não, acho que é bom para nós sofrer golos, porque falar de não ter golos sofridos, não é positivo para nós.»

[No passado já houve jogadores assobiados na seleção, no passado. Esta noite, todos foram aplaudidos:]: «O ambiente no Dragão foi espetacular. Foi um apoio pela seleção que gostei muito. Um exemplo de como apoiar os jogadores. A seleção somos todos e acho que hoje os jogadores, o sentimento e o ambiente do Dragão foi muito importante. Durante dois ou três momentos difíceis no jogo, acho que os adeptos deram a diferença para nós, para poder ganhar o jogo.»