Carlos Carvalhal admite peso extra da derrota com o V. Guimarães, mas pede reação já no próximo jogo frente ao Nacional



Uma derrota difícil de digerir, mas um plantel confiante

Carvalhal reconheceu que o ambiente no seio do plantel não foi o melhor após a derrota com o Vitória, mas destacou a atitude positiva da equipa e o apoio da estrutura do clube. “Quando se perde, nunca é o melhor ambiente. No entanto, o nosso presidente, como faz habitualmente, esteve presente nos treinos, deu o seu apoio e motivação. Somos todos conscientes de que um tropeço não define uma época. Temos de levantar a cabeça e continuar a trabalhar com confiança”, afirmou o técnico.
O SC Braga atravessa um período de alguns desafios, não só pela derrota no dérbi, mas também por ter passado dois jogos consecutivos sem marcar qualquer golo. Contudo, Carvalhal explicou que o encontro anterior frente ao Gil Vicente, que terminou com um empate a zero, foi condicionado pelo desgaste físico acumulado após o jogo europeu contra o Rapid Viena. “O jogo com o Gil Vicente foi injustamente colocado no mesmo pacote da derrota com o Vitória de Guimarães. Naquele jogo, vínhamos de um desgaste enorme na Europa e isso afetou a nossa capacidade de ser mais criativos. Mas no dérbi, não há desculpas. Devíamos ter feito mais e melhor”, analisou o treinador, reforçando a necessidade de voltar à filosofia de jogo ofensiva que tem caracterizado a sua equipa.

Desafios de lesões e opções limitadas

Além da derrota, o SC Braga enfrenta também algumas dificuldades no que diz respeito ao estado físico dos seus jogadores. Carlos Carvalhal confirmou que três jogadores importantes estarão indisponíveis para a deslocação à Madeira: João Moutinho, Bambu e Rodrigo Zalazar. Este último, que se lesionou no dérbi frente ao Vitória de Guimarães, enfrenta uma paragem de cerca de três semanas, devido a uma mialgia na coxa esquerda. Zalazar é uma baixa significativa, sendo um dos jogadores mais influentes da equipa neste início de temporada.
Carvalhal reconheceu a importância de ter o plantel completo e competitivo, mas garantiu que, mesmo com estas ausências, o SC Braga tem capacidade para dar uma boa resposta. “Com o João Moutinho e o Bambu de fora, estamos limitados em algumas opções, mas contamos com jogadores de grande qualidade e, quando todos estiverem recuperados, teremos uma equipa ainda mais forte. Estou ansioso para ter o plantel completo, com jogadores como o Bright Arrey-Mbi, o Niakaté, o Paulo Oliveira e o Adrián Marín, para podermos jogar da forma que mais gostamos: com uma linha defensiva alta, pressionantes e capazes de recuperar a bola nos 60 metros”, explicou.
O treinador deixou claro que, apesar das contrariedades, o SC Braga está focado em manter a sua identidade de jogo, que passa por um futebol de ataque e com muita pressão sobre o adversário. “Não vamos mudar o nosso estilo. Sabemos que temos qualidade para jogar um futebol ofensivo, para impor o nosso jogo e desmembrar as equipas adversárias. Este é o tipo de futebol que queremos continuar a praticar, e estou confiante de que amanhã já vamos ver uma equipa diferente daquela que defrontou o Vitória”, afirmou.

O caminho pela frente

Com várias competições ainda em jogo – Liga Portugal, Taça da Liga, Taça de Portugal e Liga Europa – Carvalhal fez questão de lembrar que o SC Braga tem um longo caminho pela frente e que é essencial recuperar rapidamente o bom momento de forma. “Estamos apenas no início da temporada, mas sabemos que temos de reagir o mais rápido possível. Há muito campeonato pela frente, assim como as outras competições em que estamos envolvidos. O importante agora é mostrar que somos uma equipa de fibra, com jogadores de grande caráter, e que sabemos responder às adversidades”, concluiu.
O SC Braga enfrenta o Nacional da Madeira num jogo que promete ser exigente, mas Carlos Carvalhal está confiante de que a sua equipa estará à altura do desafio e pronta para mostrar o seu verdadeiro valor, reagindo de forma enérgica à derrota no dérbi e voltando às vitórias.

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