O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, criticou o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) apresentado pelo Governo da coligação Aliança Democrática, classificando-o como “mau pelo que tem e sobretudo pelo que não tem”. Em discurso no Congresso Federativo de Coimbra, realizado nas Caves de Coimbra, o líder socialista enfatizou que o PS teria proposto um orçamento muito diferente, com maior foco em áreas essenciais para a população.
Pedro Nuno Santos começou por recordar que o atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, durante a campanha eleitoral, acusava os governos socialistas de falta de ambição e de crescimento económico insuficiente. No entanto, o líder do PS sublinhou que o plano orçamental apresentado por Montenegro prevê um crescimento inferior à média dos oito anos em que o PS esteve no poder, mesmo considerando o impacto da pandemia.
O discurso do líder socialista focou-se em três áreas fundamentais do OE2025: a habitação, as pensões e o setor da saúde. Pedro Nuno criticou a criação de medidas de habitação direcionadas para a classe média, enquanto considera que as populações mais desfavorecidas ficaram sem apoio suficiente. Além disso, salientou a falta de um aumento extraordinário para pensionistas além do que está previsto por lei, e a ausência de medidas concretas para atrair e fixar profissionais de saúde no Serviço Nacional de Saúde (SNS), especialmente médicos.
A política fiscal do Governo também foi alvo de duras críticas. Pedro Nuno destacou que, apesar da poupança oferecida aos jovens através do IRS, isso é compensado por um agravamento dos impostos sobre os combustíveis. “Quando formos às bombas, vamos pagar essa poupança”, afirmou, acusando o Governo de não ser transparente sobre essa medida, avançando “pela calada”.
Ao longo do seu discurso de cerca de meia hora, Pedro Nuno Santos defendeu a necessidade de um PS unido para enfrentar a oposição ao atual executivo, reiterando que “o combate é difícil” e que o partido precisa de falar “a uma só voz” para ser eficaz na oposição política.



































