Arguido de 52 anos foi detido pela Polícia Judiciária, mas fica sujeito a apresentações periódicas e proibição de contacto com as vítimas

O Tribunal de Braga decidiu libertar um homem de 52 anos suspeito de ter cometido mais de 40 crimes de abuso sexual de crianças, de acordo com informações divulgadas pela Polícia Judiciária (PJ). O arguido, um empresário da cidade de Braga, foi detido na quarta-feira, após uma investigação que começou com uma denúncia feita pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV).

Apesar da gravidade dos crimes imputados, o tribunal determinou que o suspeito ficasse em liberdade com medidas de coação. Está proibido de estabelecer qualquer tipo de contacto com as vítimas e deve manter uma distância mínima de 500 metros. Além disso, o homem terá de se apresentar duas vezes por semana num posto policial.

As vítimas, revelou a PJ, são duas crianças da família do arguido. A investigação começou depois de uma das vítimas ter recorrido à APAV, que alertou as autoridades. Após a denúncia, a PJ realizou diversas diligências que corroboraram as informações iniciais e indicaram a possível existência de mais vítimas.

Segundo a Polícia Judiciária, os abusos terão começado pelo menos em 2008, mas ainda não se conhece a extensão total dos crimes. A investigação continua, e a PJ já conseguiu identificar vítimas de situações mais antigas, o que levanta a preocupação de que a rede de crimes possa ser mais vasta do que inicialmente se pensava.

O caso está a ser acompanhado com grande atenção, dado o impacto emocional e social de crimes desta natureza, e as autoridades sublinham o compromisso em garantir a proteção das vítimas enquanto se apuram todos os factos.

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