Antigo secretário de Estado das Comunidades é aposta para reconquistar autarquia perdida em 2013
O Partido Socialista (PS) escolheu António Braga como candidato à presidência da Câmara Municipal de Braga nas eleições autárquicas de 2025. A decisão foi aprovada pela concelhia do PS na noite de segunda-feira, com 46 votos a favor e 14 votos brancos, num processo marcado pela ausência de votos contra.
Pedro Sousa, presidente da concelhia socialista, explicou que o nome de António Braga foi previamente consensualizado com o líder do partido, Pedro Nuno Santos, numa reunião realizada em Lisboa. A direção nacional reconheceu o ex-secretário de Estado como o perfil mais adequado para tentar reconquistar a autarquia, que está sob gestão social-democrata desde 2013.
O nome de António Braga segue agora para ratificação pelos órgãos distritais e nacionais do PS, formalizando a candidatura que marca o regresso do político à vida pública após mais de uma década afastado.
Com 71 anos, António Braga tem uma longa trajetória no PS e em funções públicas. Foi vereador da Cultura na Câmara Municipal de Braga, presidente da Assembleia Municipal, deputado na Assembleia da República e secretário de Estado das Comunidades.
António Braga afastou-se da vida política ativa em 2012, após perder a liderança da concelhia socialista de Braga, mas manteve-se como uma figura de referência no partido e na região.
O PS liderou a Câmara de Braga durante 37 anos consecutivos, sob a presidência de Mesquita Machado, mas perdeu a autarquia em 2013 para Ricardo Rio, do PSD, que governa desde então.
Em 2025, devido à lei de limitação de mandatos, Ricardo Rio não poderá recandidatar-se. O PSD escolheu João Rodrigues, atual vereador na autarquia, como candidato à sucessão. Esta mudança abre uma oportunidade para o PS recuperar uma das principais câmaras municipais do país.
A eleição em Braga promete ser disputada, com António Braga e João Rodrigues como protagonistas de um confronto político que determinará o futuro da governação local. A experiência e o legado do PS serão postos à prova, enquanto o PSD tentará consolidar o seu domínio na autarquia.