A Câmara Municipal de Viana do Castelo aprovou a compra de 15 autocarros elétricos, num investimento de 5,124 milhões de euros, para iniciar um serviço público de transportes mais sustentável a partir de 2025.
A decisão, tomada durante a reunião do executivo municipal, contou com a aprovação da maioria, apesar do voto contra do vereador Paulo Vale, do PSD.
O concurso público internacional, lançado em agosto, previa três lotes: 10 autocarros ‘standard’ (10-12,5 metros), 5 autocarros ‘midi’ (7-8,5 metros), e 2 autocarros ‘mini’ (até 6 metros). No entanto, o terceiro lote foi revogado devido à decisão de não adjudicar os veículos mini.
Os lotes 1 e 2 foram adjudicados à Mota-Engil Renewing S.A., por 3,775 milhões de euros e 1,349 milhões de euros, respetivamente, valores aos quais acresce IVA.
O presidente da câmara, Luís Nobre, destacou que a aquisição será financiada até cinco milhões de euros, através de uma candidatura aprovada no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Viana do Castelo foi o único município do país a beneficiar deste apoio, de um total de mais de 120 candidaturas.
Nobre frisou que a decisão de internalizar o serviço público de transporte foi “responsável e sustentável”, com um impacto financeiro reduzido para os cidadãos. O contrato atual com a Transcunha, operadora privada, termina em setembro de 2025, e o município estima uma despesa anual de 800 mil euros para contratar 25 motoristas.
A iniciativa inclui a aquisição de autocarros limpos e o desenvolvimento de uma operação municipal de transporte público, com o objetivo de promover a descarbonização e melhorar a mobilidade urbana na cidade.
