Dispositivos inovadores aumentam a segurança alimentar e reduzem riscos de alergias e intoxicações

Uma equipa de investigadores da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM), liderada por José Pedro Rocha, desenvolveu um avançado (bio)sensor eletroquímico capaz de identificar e quantificar toxinas e alergénios em peixe e frutos do mar. Este dispositivo de baixo custo e fácil utilização promete revolucionar a segurança alimentar ao permitir que análises sejam realizadas diretamente pelas indústrias pesqueiras, eliminando a dependência de laboratórios especializados.

Uma Resposta aos Perigos Alimentares

Embora peixe e frutos do mar sejam alimentos saudáveis e ricos em nutrientes, eles podem conter substâncias prejudiciais como toxinas e alergénios, capazes de causar alergias graves e intoxicações. O sensor desenvolvido destaca-se por ser o primeiro a detetar a toxina tetrodotoxina (TTX), conhecida por ser extremamente tóxica, com um efeito 100 vezes mais letal do que o cianeto.

Além disso, o dispositivo pode ser adaptado para identificar a parvalbumina, o principal alergénio presente nos peixes, sendo uma ferramenta crucial para consumidores sensíveis a este composto.

Características e Impacto

O sensor, semelhante aos dispositivos de medição de glicose usados por diabéticos, é prático, portátil e oferece resultados rápidos e precisos. Entre os principais benefícios, destacam-se:

  • Prevenção de intoxicações: Identifica rapidamente lotes contaminados com toxinas perigosas.
  • Redução de desperdício: Permite interromper capturas contaminadas, evitando desperdício alimentar e de recursos.
  • Acessibilidade: De baixo custo, facilita a utilização por operadores da indústria pesqueira, mesmo em ambientes remotos.

O projeto, desenvolvido em parceria com o LAQV/REQUIMTE (polo GRAQ) e a Faculdade de Química da Universidade de Vigo, encontra-se em fase de preparação para patente.

Um Passo em Direção ao Futuro

Este avanço coloca Portugal na linha da frente da inovação no setor alimentar, especialmente numa área onde o peixe e os frutos do mar são elementos-chave da dieta e da economia nacional. Ao oferecer maior segurança aos consumidores e reduzir os riscos de saúde pública, os sensores da UMinho prometem transformar a forma como a indústria pesqueira lida com a segurança alimentar.

Para mais informações, a equipa de investigação está disponível através da Escola de Ciências da Universidade do Minho.

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