Guimarães é o primeiro município português a ter a sua própria Calculadora da Pegada Ecológica.

O Município de Guimarães apresentou esta segunda-feira, 06 de maio, a sua própria Calculadora da Pegada Ecológica, no âmbito do projeto “Pegada Ecológica dos Municípios Portugueses” e que resulta de uma parceria estratégica entre a ZERO – Associação Sistema Terrestre Saudável, a Global Footprint Network e a Universidade de Aveiro.

De uma forma simples e intuitiva, a partir de agora, qualquer vimaranense pode medir o seu impacto ambiental através uma ferramenta de comunicação e sensibilização disponível no site do Município. (Link: https://www.cm-guimaraes.pt/p/calc_pegada_ecologica)

“É mais um passo importante e Guimarães demonstra que está a caminhar no sentido certo. Em vez de fazer as coisas de uma forma genérica e abstrata, fornecemos às pessoas um instrumento prático para avaliar a sua pegada ecológica, permitindo agir local e pensar global”,salientou o Vereador Fernando Seara de Sá, na sessão de apresentação que decorreu no Laboratório da Paisagem. Seara de Sá ressalvou que esta ferramenta deve ter em conta o “contributo para mudar os comportamentos” face os resultados apresentados.

Sara Moreno, da Universidade de Aveiro,fez a apresentação da Calculadora da Pegada Ecológica e destacou o papel de Guimarães nas preocupações ambientais. “Guimarães tem um peso simbólico na área ambiental, foi aqui que apresentamos os primeiros resultados das Pegada Ecológica e são poucos os Municípios que fazem esforços desta forma”,considerou.

“A calculadora tem o objetivo de educar e mostrar de uma forma prática e simples como cada um de nós tem impacto sobre os recursos naturais, através dos comportamentos individuais e de vida. Através desta calculadora conseguimos responder a um conjunto de questões perante o nosso comportamento diário. Trata-se de uma ferramenta extremamente útil,permite perceber os hábitos de vida sendo equilibrada com os dados que foram apurados no ano passado, fazendo essa avaliação em comparação com a média do concelho e a média do país”, explicou Sara Moreno.

Em representação da ZERO, Paulo Magalhães constatou que “não é suficiente pensar que tecnologia vai resolver o problema da sustentabilidade” e defende “a mudança de estilos de vida” perante “aquilo que podemos medir”.

A sessão foi integrada na Estrutura de Missão para o Desenvolvimento Sustentável – Guimarães 2030, com a ação de uma formação intitulada “Cidadãos pela redução da Pegada Ecológica: Embaixadores de Guimarães”. O objetivo é reconhecer o papel dos cidadãos na redução da Pegada Ecológica do concelho e fornecer ferramentas que os capacitem a ter uma intervenção mais ativa nesta redução, nomeadamente através da divulgação da Calculadora Municipal da Pegada Ecológica e do projeto da Pegada Ecológica dos Municípios Portugueses.