O líder do Chega, André Ventura, foi esta quinta-feira alvo de protestos à chegada a Braga, onde deu início a uma arruada no centro da cidade, junto ao Arco da Porta Nova. À semelhança do que já tinha ocorrido em Aveiro no dia anterior, elementos da comunidade cigana manifestaram-se contra a presença do político, acusando-o de racismo.
Os protestos incluíram palavras de ordem e gritos de “racista”, ao que Ventura respondeu diretamente: “Vocês é que são racistas, vocês têm que trabalhar.” A resposta gerou tensão no local, mas a arruada prosseguiu com forte presença policial.
Questionado pela comunicação social, Ventura afirmou que a sua campanha está a ser alvo de tentativas de boicote. “Os ciganos têm de compreender que há regras. O Chega tem o direito de fazer a sua campanha política”, declarou, acrescentando suspeitar de uma possível organização por trás dos protestos, embora sem apresentar provas concretas.
O episódio reflete o ambiente polarizado em torno das declarações e propostas do Chega, frequentemente críticas da comunidade cigana, o que tem motivado reações de repúdio por parte de associações e partidos de esquerda.
O CHEGA marcou em Braga uma arruada liderada por André Ventura, cabeça de lista às legislativas de 18 de maio. A iniciativa decorreu junto ao Arco da Porta Nova, reunindo dezenas de apoiantes e candidatos locais que percorreram as ruas da cidade com bandeiras, material de campanha e palavras de ordem.
Ao som de aplausos e palavras de incentivo, a comitiva distribuiu sacos e panfletos com as propostas do partido, promovendo o contacto direto com os cidadãos e comerciantes bracarenses. O ambiente foi marcado pela mobilização popular e pela forte presença simbólica do partido, visível nas bandeiras de Portugal e nos materiais identificativos do CHEGA.
A iniciativa visou reforçar a presença do partido no distrito, onde o CHEGA espera consolidar resultados e captar o voto dos descontentes com os partidos tradicionais.
Em declarações durante a arruada, André Ventura afirmou:
“Braga está pronta para dizer basta ao sistema que se repete há décadas. Esta receção mostra que os portugueses querem mudança e justiça social. O CHEGA não vem prometer tudo a todos — vem dar voz a quem nunca foi ouvido.”
A campanha continua nos próximos dias com mais ações de rua, visitas a mercados e sessões públicas em várias freguesias do concelho.