O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) responsabilizou a comunicação social pelo crescimento do Chega nas legislativas de domingo e anunciou que irá intensificar a sua atividade política a nível nacional e local, mantendo o compromisso com causas ecológicas, sociais e democráticas.
Em comunicado divulgado após a reunião do Conselho Nacional deste sábado, o partido considerou que “os resultados obtidos pelo Chega não podem ser dissociados do escandaloso favorecimento por parte da comunicação social, como nunca antes se viu, a um partido de extrema-direita que promove valores de intolerância, discursos de ódio, mentiras e demagogia”.
O PEV lamenta ainda que, apesar da eleição de três deputados pela CDU (coligação habitual entre PCP e “Os Verdes”), o resultado não tenha sido suficiente para garantir a entrada de representantes ecologistas na Assembleia da República. “A ausência de Os Verdes no parlamento deixará o país sem uma força política pacifista e ambientalista com provas dadas em todo o território”, sublinha o comunicado.
Face ao atual cenário político, o PEV compromete-se a reforçar a sua ação com foco nas preocupações da maioria da população, mantendo uma ligação próxima às comunidades e defendendo uma sociedade sustentável, democrática e em paz. A defesa da Constituição da República Portuguesa e dos valores de Abril é destacada como central para o partido.
“Vivemos tempos de grande desafio”, alerta o PEV, apontando para uma “ofensiva à Constituição” por parte da Iniciativa Liberal, da Aliança Democrática e do Chega, através de propostas como a redução do número de deputados e alterações laborais que, segundo o partido, ameaçam direitos fundamentais, como o acesso à saúde pública, à escola pública e à proteção dos trabalhadores.
No mesmo comunicado, “Os Verdes” também se pronunciam sobre o conflito no Médio Oriente, condenando o que classificam como “genocídio” contra o povo palestiniano, acusando Israel de usar a fome como arma de guerra. Criticam ainda a ajuda humanitária internacional, que consideram simbólica diante da violação contínua dos direitos humanos.
Apesar do cenário difícil, “Os Verdes” garantem que continuarão ativos, resistindo e lutando por uma sociedade mais justa e ambientalmente responsável.