Taxa a três meses desce para 1,971%, enquanto as Euribor a seis e 12 meses registam ligeiros aumentos; mercado aguarda decisão do BCE na próxima semana.
A Euribor a três meses recuou hoje para 1,971%, atingindo um novo mínimo desde novembro de 2022, enquanto as taxas a seis e 12 meses subiram ligeiramente em relação a segunda-feira, fixando-se em 2,074% e 2,070%, respetivamente.
Esta descida da taxa a curto prazo acontece num contexto em que a Euribor a seis meses, que desde janeiro de 2024 é a referência mais utilizada nos créditos à habitação com taxa variável em Portugal, avançou 0,011 pontos, fixando-se em 2,074%.
Segundo dados do Banco de Portugal referentes a março, a Euribor a seis meses corresponde a 37,65% do stock total de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto as Euribor a 12 e a três meses representam 32,39% e 25,67%, respetivamente.
No prazo de um ano, a Euribor também subiu ligeiramente, aumentando 0,013 pontos para 2,070%.
Apesar destes aumentos, a taxa Euribor a três meses permanece abaixo dos 2% desde o fim de maio, mostrando uma tendência de queda mais acentuada no prazo mais curto.
Em maio, as médias mensais das taxas Euribor desceram em todos os prazos analisados, com uma queda mais pronunciada a três meses (menos 0,150 pontos, para 2,099%), seguida de reduções a seis meses (menos 0,082 pontos, para 2,120%) e a 12 meses (menos 0,062 pontos, para 2,091%).
Na próxima semana, nos dias 5 e 6 de junho, o Banco Central Europeu (BCE) reúne-se em Frankfurt para decidir sobre a política monetária, com os mercados a anteciparem uma nova descida da taxa diretora, desta vez para 2%, o que constituirá o oitavo corte desde o início deste ciclo, em junho de 2024, e possivelmente o último do ano.
Recorde-se que na última reunião, em abril, o BCE reduziu a taxa de juro em 0,25 pontos, para 2,25%.
As taxas Euribor são determinadas pela média das taxas de juro a que 19 bancos da zona euro estão dispostos a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário, refletindo a evolução das condições financeiras na região.