Cerca de 90 estudantes da licenciatura e mestrado vão experimentar voar e lançar minifoguetes no aeródromo de Cerval.
A Universidade do Minho está a oferecer, este sábado, 21 de junho, um verdadeiro “mergulho nos céus” a cerca de 90 alunos de Engenharia Aeroespacial, num dia recheado de atividades práticas no aeródromo do Alto Minho, em Cerval, Vila Nova de Cerveira. O ponto alto será o batismo de voo em ultraleves, a partir das 12h30, seguido por lançamento de minifoguetes, às 16h00.
Este “voo inaugural” é parte do Programa de Adaptação ao Meio Aéreo, que permite aos estudantes — sobretudo do 1.º ano — aplicar, na prática, os conhecimentos adquiridos em sala de aula. A iniciativa é coordenada pelo diretor dos cursos, Gustavo Dias, e integra também interação com engenheiros e pilotos que operam no aeródromo.
“É um momento simbólico, mas também um primeiro contacto técnico com o mundo da aviação”, sublinha Gustavo Dias.
A licenciatura em Engenharia Aeroespacial da UMinho é a segunda com nota mínima de entrada mais alta do país (19,14 valores). Entre os projetos realizados destaca-se a construção de planadores com materiais reaproveitados e, este ano, de minifoguetes de 1,5 metros, com voo de até cinco minutos e aterragem por paraquedas.
O lançamento dos foguetes contará com presenças institucionais de peso, como António Cunha, presidente da CCDR-N, os autarcas Rui Teixeira (Cerveira) e José Manuel Carpinteira (Valença), e Pedro Arezes, da Escola de Engenharia da UMinho.
Além dos voos e lançamentos, os estudantes vão participar numa série de workshops especializados em engenharia geoespacial, gestão de acidentes e mecânica de voo, com intervenções de figuras como o professor João Sousa, o general Santos Senra Pérez (Força Aérea Espanhola), o piloto Daniel Lopes (Asas de Pombal) e o perito Pedro Perez (TMA).
O dia termina com uma sunset party no aeródromo, celebrando o final de mais um ano letivo de um curso que já começa a deixar marca nos céus da engenharia nacional.
Um local com história
O aeródromo de Cerval, anfitrião da iniciativa, é um dos mais relevantes da Península Ibérica, com cerca de 60 aeronaves registadas. Carrega também simbolismo histórico: em 1933, Charles Lindbergh, pioneiro da aviação dos EUA, amarou de emergência no rio Minho, projetando Friestas (Valença) para a imprensa internacional. Um monumento em sua homenagem foi erigido em 1997.