A Universidade do Minho (UMinho) reagiu esta terça-feira a dados divulgados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), que indicavam uma taxa de abandono de 100% em dois dos seus mestrados. A instituição garante que, ao contrário do que mostram as estatísticas, cerca de 90% dos alunos desses cursos concluíram a formação.

Em causa estão os mestrados europeus “Modelação de Informação na Construção de Edifícios – BIM A+” e “Análise Estrutural Avançada e Projeto com Materiais Compósitos – FRP++”, cuja duração é de apenas um ano. De acordo com a UMinho, à data da recolha dos dados para o relatório da DGEEC, os alunos encontravam-se a defender dissertações ou à espera de homologação das pautas, o que justificará a ausência de registos de diplomados na plataforma Infocursos.

A plataforma, que foi atualizada na passada sexta-feira, indica que nenhum aluno desses cursos se encontrava inscrito no ensino superior um ano após a matrícula, o que é habitualmente interpretado como sinal de abandono.

O Ministério da Educação, Ciência e Inovação afirmou à agência Lusa que os dados divulgados correspondem às informações fornecidas pela própria universidade no inquérito RAIDES.

Segundo os dados nacionais mais recentes, onze cursos superiores registaram, oficialmente, 100% de ausência dos alunos no ano seguinte à inscrição, reforçando a atenção pública sobre o fenómeno do abandono escolar no ensino superior. No entanto, no caso concreto da Universidade do Minho, a instituição sublinha que se trata de uma interpretação errada de dados devido à especificidade dos cursos em causa.

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