Candidato do movimento independente Amar e Servir Braga à Câmara Municipal promete soluções para mobilidade, habitação e coesão social
Braga prepara-se para escolher, em 2025, o seu terceiro presidente de Câmara em democracia. Ricardo Silva, de 44 anos, atual presidente da Junta de Freguesia de São Victor, é candidato independente pelo movimento Amar e Servir Braga. Licenciado em História e Arqueologia, o autarca lidera a freguesia desde 2013 e apresenta-se agora com a ambição de gerir os destinos do concelho.
“O Município não tratou todos por igual”
Questionado sobre o que motivou a candidatura, Ricardo Silva aponta a experiência acumulada em São Victor:
“Um exercício à frente da Junta de Freguesia de São Victor é sempre uma boa escola para perceber os problemas da cidade. Sentimos que o Município teve uma política discriminatória e não tratou todos por igual. Por isso, faz todo o sentido que surja um movimento de cidadãos que defenda o território como um todo e de forma coesa.”
12 anos de Juntos por Braga: balanço dividido
Sobre os 12 anos da coligação Juntos por Braga, liderada por Ricardo Rio, o candidato considera haver “dois momentos distintos”:
“O primeiro mandato foi profícuo e trouxe desenvolvimento. Os cidadãos sabiam quem era o presidente e quais as políticas. Mas, a partir do segundo mandato, notou-se declínio. Percebeu-se ausência de estratégia e degradação da proximidade com a população. Não basta fazer festas para dizer que há proximidade. O último mandato deixa um ónus pesado para quem esteve à frente da cidade.”
Mobilidade, habitação e espaço público entre prioridades
Para Ricardo Silva, Braga enfrenta hoje os efeitos de um crescimento urbano desorganizado nas décadas de 1980 e 1990, agravados pela falta de planeamento recente.
“Temos aumento de trânsito, lixo, preços da habitação, falta de lugares em creches e lares, e até mais pessoas a dormir na rua. Há desgaste do espaço público e sobrecarga das infraestruturas.”
O candidato reconhece que não há soluções rápidas, mas sublinha a importância do planeamento e da cooperação com parceiros sociais e educativos.
“Não há uma varinha mágica. É preciso planear e implementar estratégias realistas. Há soluções mais óbvias, como para a mobilidade e habitação, mas outras exigem reflexão profunda. Vamos apresentar propostas concretas nos próximos dias, com o objetivo de merecer a confiança dos bracarenses.”