Distrito minhoto ocupa o quarto lugar a nível nacional em número de bebés nascidos, segundo dados do “teste do pezinho”. Lisboa e Porto continuam no topo da tabela.
Entre janeiro e setembro de 2025, nasceram 4.880 bebés no distrito de Braga, tornando-o o quarto distrito com mais nascimentos do país, de acordo com os dados do Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), mais conhecido como “teste do pezinho”, divulgados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
A nível nacional, foram rastreados 65.410 recém-nascidos nos primeiros nove meses do ano, mais 2.173 do que no mesmo período de 2024, mantendo-se assim a tendência de crescimento da natalidade observada desde o início do ano.
Lisboa e Porto continuam a liderar
O distrito de Lisboa lidera o número de nascimentos, com 19.891 bebés testados, seguido pelo Porto (11.650) e Setúbal (5.229). Depois surge Braga (4.880), Faro (3.310) e Aveiro (3.058).
Os valores mais baixos foram registados em Bragança (420), Portalegre (440), Guarda (489), Vila Real (765) e Castelo Branco (805).
Julho foi o mês com mais nascimentos
Segundo o INSA, julho foi o mês com mais “testes do pezinho” realizados, com 8.118 bebés rastreados, seguido de setembro (7.886) e janeiro (7.670). Estes números confirmam uma tendência sazonal, com os meses de verão tradicionalmente a concentrarem um maior número de nascimentos.
Em 2024, o PNRN rastreou 84.631 recém-nascidos, menos 1.133 do que no ano anterior (85.764).
Um programa com mais de quatro décadas
O “teste do pezinho” é realizado desde 1979 em todos os recém-nascidos em Portugal e tem como objetivo detetar precocemente doenças graves e raras, quase sempre de origem genética, como a fenilcetonúria ou o hipotiroidismo congénito.
Em 2024, o rastreio permitiu identificar 118 crianças com doenças congénitas, com uma idade média de início de tratamento de apenas 9,5 dias, o que demonstra a importância vital deste programa.
Desde o seu início, mais de 4,3 milhões de bebés portugueses foram rastreados, tendo sido detetados 2.796 casos positivos, segundo dados do Departamento de Genética Humana do INSA.