Francisco Neto insiste em duelos de alto nível: “Sem jogar contra as melhores, nunca chegaremos ao patamar delas”

Selecionador nacional destaca a importância da vitória histórica sobre os EUA, admite falta de consistência e reforça que enfrentar adversários de topo é crucial para preparar o caminho rumo ao Mundial de 2027.

Francisco Neto sublinhou esta quinta-feira que Portugal precisa de continuar a defrontar seleções de topo para evoluir no futebol feminino. Na antevisão do particular frente aos Países Baixos, em Braga, o selecionador reconheceu que os resultados recentes não têm sido brilhantes, mas valorizou o impacto do triunfo alcançado em outubro nos Estados Unidos, por 2-1.

O treinador lembrou que 2025 trouxe sinais encorajadores, como a vitória sobre a Bélgica (1-0), os empates diante de Inglaterra (1-1), Nigéria (0-0) e Itália, além do recente triunfo frente às campeãs olímpicas. Um resultado que classificou como “muito importante” e um “boost de energia” para a equipa.

Apesar disso, Neto admitiu que a Seleção precisa de maior consistência. “A forma dominadora como jogámos diz-nos que este é o caminho, mas temos de o conseguir fazer mais vezes. Sabemos internamente porque não o somos, mas o crescimento é feito destes altos e baixos”, afirmou.

O histórico frente às neerlandesas não beneficia Portugal — oito derrotas e apenas uma vitória, em 2001 — mas o técnico quer uma equipa capaz de criar problemas ao adversário e de responder às dificuldades. Para isso, destacou o papel da análise em vídeo, das imagens e das reuniões individuais.

Esta fase de preparação antecede a qualificação para o Mundial de 2027, que arranca em março de 2026, com Países Baixos e Brasil — 11.º e 7.º lugares do ranking FIFA — a figurarem no caminho das portuguesas. Uma exigência da qual Francisco Neto não quer fugir: “Se não jogarmos contra as melhores seleções, nunca vamos estar no patamar delas.”

O selecionador explicou ainda que o tipo de trabalho varia consoante o tempo disponível nas datas FIFA, e destacou a energia das jogadoras recentemente chamadas, elogiando também o papel das mais experientes na sua integração.

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