Os Transportes Urbanos de Braga (TUB) alertaram esta terça-feira para a possibilidade de fortes perturbações no serviço entre quarta e sexta-feira, devido à greve geral marcada para o dia 11 de dezembro.
Embora o pré-aviso de greve tenha sido emitido pelo STAL – Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local, os efeitos poderão fazer-se sentir antes e depois do dia da paralisação, com impacto direto na circulação e na regularidade das carreiras.
Numa nota divulgada nas redes sociais, os TUB informam que o funcionamento normal das linhas poderá ser afetado, pedindo “compreensão pelos transtornos” que possam ocorrer e recomendando aos passageiros que planeiem rotas alternativas sempre que possível. A empresa aconselha ainda a consulta frequente dos seus canais oficiais para atualizações em tempo real sobre o serviço.
A transportadora destaca que a paralisação nacional poderá condicionar diferentes turnos e horários, o que faz prever um impacto variável ao longo dos três dias, dependendo da adesão dos trabalhadores e da reorganização dos serviços mínimos.
Uma greve geral com caráter histórico
A greve geral de 11 de dezembro assume uma dimensão inédita na última década ao juntar, pela primeira vez desde 2013, a CGTP e a UGT numa paralisação conjunta. A última ocasião em que as duas maiores centrais sindicais portuguesas avançaram lado a lado para uma greve nacional remonta a junho de 2013, período em que Portugal atravessava a intervenção externa da chamada troika.
A paralisação de quinta-feira surge como resposta ao anteprojeto do Governo para a reforma da legislação laboral, que as organizações sindicais consideram representar um significativo retrocesso nos direitos dos trabalhadores. Entre os pontos mais contestados estão alterações aos regimes de parentalidade, despedimentos, contratos temporários e alargamento das situações abrangidas por serviços mínimos.
O Governo defende que a revisão do Código do Trabalho visa “modernizar e flexibilizar” as relações laborais, argumento rejeitado pelas estruturas que convocam a paralisação, para quem as medidas significam perda de garantias, fragilização dos vínculos laborais e desequilíbrio nas relações entre trabalhadores e empregadores.































